Política

Zé Trovão grava vídeo em que afirma estar no México e prestes a ser preso

09 set 2021 às 15:50

O caminhoneiro Marcos Gomes, conhecido como Zé Trovão, gravou dois vídeos entre o final da noite da quarta (8) e a madrugada desta quinta (9) em que demonstra irritação com o pedido de Jair Bolsonaro para o fim da paralisação nas estradas e cobra a defesa pelo presidente de seus apoiadores que estão na mira da Polícia Federal.


Foragido da PF, Zé Trovão disse que não é possível saber se o áudio em que Bolsonaro pede o fim da paralisação é verdadeiro e pede a gravação pelo presidente de um vídeo para que os caminhoneiros encerrem os bloqueios.


"Nós precisamos de uma respostas do senhor. Se é pra abrir o senhor faça um vídeo, fale data e hora, e nos peça que a gente vai atender o senhor", disse o vídeo.


Na tarde desta quinta (9), Zé Trovão gravou um novo vídeo em que afirma estar no México e prestes a ser preso.


"Em alguns momentos eu devo ser preso, eu não vou mais fugir. Chega, chega, eu estou cansado disso. Para quem não sabe, eu estou no México e a Embaixada brasileira acaba de entrar em contato com o hotel onde estou. Em alguns momentos, provavelmente, a polícia vem aqui me recolher", diz ele no vídeo.

Nas gravações feitas na madrugada, o caminhoneiro demonstra descontentamento com o pedido de Bolsonaro e diz que sua vida está destruída por organizar atos em defesa do governo.



"Presidente, se o senhor realmente quer que a gente abra as pistas e volte a trabalhar, eu tenho duas coisas para dizer para o senhor. A primeira é que minha vida está destruída, porque eu estou sendo perseguido politicamente, com mandado de prisão, passando por tudo e com risco de nunca ver minha família", diz ele.


Zé Trovão ainda cita outros bolsonaristas que passam por problemas com a Justiça após atuação em defesa de Bolsonaro.



"Veja bem tudo o que está acontecendo não só na minha vida como da de tantos como Wellington Macedo, Oswaldo Eustaquio, Sara Winter, Daniel da Silveira que está preso. Precisamos resolver tudo isso, porque o Brasil não pode continuar desse jeito", afirma.


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