Um novo vídeo sobre o episódio envolvendo o deputado estadual Renato Freitas (PT) e um homem em uma briga no Centro de Curitiba, divulgado nesta quinta-feira (20), acirra as narrativas sobre o que houve na última quarta-feira (19). Na manhã desta sexta (21), o presidente da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), Alexandre Curi (PSD), disse que recebeu cinco representações contra o parlamentar petista, que serão encaminhadas à Comissão de Ética da Casa na manhã de segunda-feira (24).
O suspeito de entrar em confronto corporal com o deputado é Weslley de Souza Silva, de 23 anos. O nome dele é confirmado pelo advogado criminalista Jeffrey Chiquini, que se apresenta como mestre em Direito Penal e seria o advogado de Silva.
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Nas redes sociais, Chiquini divulgou a gravação de uma câmera de segurança que mostra o deputado e um assessor investindo contra Silva e diz que ele foi “espancado”. Ao informar seu lado da história, também pelas redes sociais com outro vídeo, Freitas diz que revidou um ato de racismo e agressão.
Chiquini é conhecido como advogado no meio bolsonarista e vende acesso a uma plataforma de informações que seriam produzidas por ele próprio, em que promete “análise jurídica, política e estratégica, direto da fonte”. Entre os materiais, há um curso chamado “Não houve tentativa de golpe”.
Parte do vídeo de Chiquini também foi repostado nas redes sociais de Weslley Silva. De acordo com a revista Fórum, Silva já foi detido em 2023 com um simulacro de arma de fogo em uma tabacaria em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). Ainda de acordo com a revista, o rapaz tinha ao menos uma postagem que exaltava a violência, mas, o conteúdo teria sido apagado.
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A reportagem fez uma solicitação de entrevista pelo número de contato informado no site do escritório de advocacia de Chiquini, mas não houve retorno. Também tentou contato com Silva por meio do Instagram, mais uma vez, sem resposta.
Freitas marcou uma entrevista coletiva para a tarde desta sexta para dar esclarecimentos sobre as novas imagens divulgadas.
Código de ética
Na manhã desta sexta, Alexandre Curi disse que vai encaminhar cinco representações contra Renato Freitas por quebra de decoro parlamentar já na manhã de segunda-feira (24). “Como presidente da Casa, quero garantir aos paranaenses que a Casa do Povo do Paraná vai agir com celeridade, vai agir com muito rigor e vai agir agora, através do nosso Código de Ética, que foi aprovado pelos parlamentares, com segurança jurídica, transparência, para que os paranaenses tenham, com muita celeridade, uma resposta rápida em relação a esse episódio”, afirmou.
O Código de Ética da Alep foi aprovado em setembro deste ano, após seu debate ser acelerado depois que o próprio Freitas trouxe à tona um acordo firmado pelo ex-presidente Ademar Traiano (PSD) com o Ministério Público do Paraná de não persecução penal.
Traiano era investigado por corrupção e, no acordo, admitiu ter recebido R$ 300 mil em suborno de um empresário em troca da renovação de um contrato com a Alep. Ao assumir o ato, o MP suspendeu o processo.