Os vereadores de Londrina se reúnem nesta quarta-feira (29), às 9h, para a sessão de julgamento da vereadora Mara Boca Aberta (Podemos), que enfrenta denúncia de quebra de decoro parlamentar com base em três acusações: divulgação de candidatura inexistente ao Senado do seu companheiro, Emerson Petriv, o Boca Aberta; abuso de poder econômico e má utilização de R$ 1,2 milhão do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha) em benefício de candidatura inexistente; e favorecimento pessoal ao proprietário de uma empresa que recebeu verbas de campanha e depois foi nomeado assessor parlamentar de Mara.
O plenário da CML aprovou a abertura da CP (Comissão Processante) na sessão de 29 de fevereiro, com 11 votos favoráveis e sete contrários. O relatório da comissão concluiu pela improcedência da acusação de favorecimento ao ex-assessor, mas recomendou a cassação da parlamentar pelos outros pontos. Lu Oliveira, que é membro da CP, teve voto divergente.
À FOLHA, o relator da CP, vereador Fernando Madureira (PP), ressaltou que não há “nenhum aspecto político” no trabalho da comissão, rebatendo as afirmações de Mara à imprensa na última quinta-feira (23), quando ela disse que “por questões políticas” e pelas representações que protocolou na CML contra Madureira e Santão (PL), presidente da CP, não recebeu com surpresa o relatório pedindo a cassação. As representações foram feitas em março, após a abertura da CP.
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“A vereadora fala que a gente quer cassá-la porque ela entrou com denúncia contra a gente. Mas, a comissão foi montada antes. O processo foi levantado antes. Depois que ela entrou [com as representações], talvez até com o intuito de intimidar a gente. Mas nós não temos nada a esconder. Se ela tentou intimidar, não conseguiu”, disse.
Madureira também reforça que seu posicionamento é “cumprir o que a gente fez aqui de juramento quando assumiu como vereador”. “Lutar pela verdade, pela seriedade, pela transparência e pelo zelo do dinheiro público. Nada mais que isso”.
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