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Sob pressão

Vargas deve ser afastado da campanha de Gleisi

Agência Estado
09 abr 2014 às 12:57
- Laycer Tomaz / Agência Câmara
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Considerado com um dos principais coordenadores da campanha da ex-ministra Gleisi Hoffman ao governo do Paraná, o deputado licenciado, André Vargas (PT-PR), deve ser afastado das ações do partido no Estado. O deputado vive hoje pressão da própria cúpula do PT para renunciar ao mandato, após a divulgação de sua ligação com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal.

Até a divulgação das conversas, Vargas estava entre os coordenadores de campanha de Gleisi ao governo e atuava como um dos principais negociadores de possíveis alianças com outros partidos no Estado. Na linha de frente da pré-campanha está também o presidente estadual da legenda, Enio Verri. Segundo o dirigente, uma reunião na próxima semana deve ser realizada para discutir como ficará a situação do deputado.

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"Não sei se vai permanecer ou não na coordenação. Acredito que neste momento ele deve priorizar a defesa dele, o que acho natural. Consequentemente não terá tempo para ajudar na coordenação, essa é minha opinião", afirmou Verri ao Broadcast Político. "O cenário muda, lógico. Embora a posição do André é de não renunciar e fazer o debate com a sociedade sobre as acusações que está recebendo. Mas é cedo para dizer o que vai acontecer, a expectativa nossa é passar a Semana Santa, sentar e ver para onde nós vamos", acrescentou.

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Apesar de uma série de eventos de pré-campanha realizados nos últimos meses no Estado com a presença de André Vargas, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirma que não há uma coordenação de campanha. "A Gleisi não tem campanha. É só a partir de junho, portanto, não tem coordenação de campanha", minimizou o ministro. "Como vai ficar a situação do partido, do André, vamos ver ainda, não sei", acrescentou.

Na tarde de hoje, o Conselho de Ética da Câmara deve instaurar um processo disciplinar contra o deputado licenciado. O pedido de abertura de um processo por quebra de decoro parlamentar foi feito pelos partidos PSDB, DEM e PPS na última segunda-feira após novas revelações sugerirem uma sociedade entre o parlamentar e o doleiro Alberto Yousseff. O processo tem previsão de durar 90 dias úteis no Conselho e pode levar à cassação do parlamentar.


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