Os ministros STF (Supremo Tribunal Federal) formaram maioria para condenar em 14 anos de prisão o segundo réu julgado por participar dos ataques de 8 de janeiro, nesta quinta-feira (14).
Dez ministros votaram no caso, com ausência do ministro Luiz Fux durante a sessão, que foi interrompida. Os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes seguiram o voto do relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes.
Dos ministros que tiveram votos diferentes, Cristiano Zanin sugeriu uma pena menor ao réu, de 11 anos de prisão. André Mendonça votou pela condenação de Mathar por 4 anos e dois meses de prisão, apenas por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.
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Luís Roberto Barroso votou pela condenação em 9 anos de prisão, excluindo o crime do qual Mendonça afirmou. Ele disse que o crime cometido já estava contemplado por golpe de estado.
Thiago de Assis Mathar, 43, de São José do Rio Preto (SP), foi acusado pela PGR (Procuradoria-Geral da República). A Procuradoria pediu a condenação afirmando que no dia dos ataques, após a "horda criminosa" furar o bloqueio policial, Mathar entrou no Palácio do Planalto.
Investigadores cruzaram fotos dele produzidas na Papuda, penitenciária para onde foi levado após ser preso, imagens do sistema de vídeo do Palácio do Planalto e a descrição que o réu fez da roupa que vestia em 8 de janeiro.