Política

STF determina execução das penas de Bolsonaro e mais seis réus

25 nov 2025 às 17:38

O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou nesta terça-feira (25) o fim do processo para os réus do Núcleo 1 da trama golpista, ocorrida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.


Com a decisão, os mandados de prisão para cumprimento de pena estão sendo cumpridos neste momento.


O trânsito em julgado do processo foi reconhecido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, após o fim do prazo para apresentação de novos recursos, que terminou ontem (24).


No dia 14 deste mês, por unanimidade, a Primeira Turma da Corte rejeitou o primeiro recurso de Bolsonaro e de mais seis réus.


Confira as penas definidas para os condenados:


Jair Bolsonaro – ex-presidente da República: 27 anos e três meses;


Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022: 26 anos;


- Almir Garnier - ex-comandante da Marinha: 24 anos;


Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal: 24 anos;


Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI): 21 anos;


Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa: 19 anos;


Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin): 16 anos, um mês e 15 dias.


Ficará em Brasília


O ministro Alexandre de Moraes também determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro vai iniciar o cumprimento da pena de 27 anos e três meses pela trama golpista na Superintendência da PF (Policia Federal), em Brasília.


O ex-presidente está preso preventivamente desde a manhã de sábado (22) por determinação de Moraes.


Bolsonaro está em uma cela de cerca de 12 metros quadrados (m²) que foi reformada recentemente. O espaço tem paredes brancas, uma cama de solteiro, armários, mesa de apoio, televisão, frigobar, ar condicionado e uma janela, além de banheiro privativo.


Prisão preventiva


A prisão preventiva ainda não é o cumprimento da pena pela trama golpista, e foi determinada por Moraes causa de uma violação da tornozeleira eletrônica utilizada por Bolsonaro. Em audiência de custódia, o ex-presidente confessou o ato e alegou “paranoia” causada por medicamentos.


Na decisão em que determinou a prisão preventiva, Moraes também citou a convocação de uma vigília nas proximidades da residência onde ele cumpria prisão domiciliar. Segundo o ministro, a reunião poderia causar tumulto e até mesmo facilitar "eventual tentativa de fuga do réu".

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