Sem a presença do governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) iniciou nesta segunda-feira (5) os trabalhos de 2024 com uma rápida sessão que teve o secretário-chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, como representante do governo.
O ano terá os trabalhos limitados em função da Legislação Eleitoral e começa com o presidente da Alep, deputado Ademar Traiano (PSD), enfrentando o desgaste de uma denúncia de corrupção.
Traiano, que é alvo de um pedido de cassação do mandato, abriu a sessão lembrando que o Legislativo terá restrições a partir do segundo semestre.
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“É o início de um novo período legislativo que, com certeza, em função de um processo eleitoral que virá muito em breve, será um ano atípico nesta Casa, em que alguns temas não poderão ser tratados”, disse. Ele fez elogios à oposição.
“A oposição faz o contraponto que alimenta o debate e corrige os resumos de possíveis erros que os governos podem cometer.”
O presidente da Alep enfrenta um pedido de cassação por ter confessado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), em dezembro de 2022, ter recebido propina no valor de R$ 100 para renovar um contrato da TV Assembleia com a TV Icaraí, do grupo J. Malucelli.
O deputado firmou um Acordo de Não Persecução Penal com o MP-PR e o processo está sob segredo de Justiça. As reportagens sobre o tema foram divulgadas no início de dezembro e o pedido de cassação foi protocolado pelo deputado Renato Freitas (PT), que também enfrenta um processo de cassação por ter chamado Traiano de “corrupto” durante uma sessão.
A assessoria do governo do Paraná informou que Ratinho Júnior não compareceu por problemas de agenda – tradicionalmente, o governador participa da sessão de abertura do ano no Legislativo. A última vez que Ratinho e Traiano apareceram juntos em público foi no dia 6 de dezembro, em um evento em Foz do Iguaçu – mesmo dia em que a denúncia contra o presidente da Alep foi divulgada.
No dia 16, Ratinho Júnior declarou que não comentaria o caso de Traiano, a quem apoiou na campanha do ano passado, para não se intrometer no andamento de outro Poder.
“Seria uma afronta ao estado democrático de direito o governador ficar dando palpites em outro Poder. Posso falar dele (Traiano) como presidente, e como presidente ele nunca me pediu algo que não fosse republicano. Na minha relação pessoal com ele, nunca fez nada de errado”, afirmou o governador.
"SUPERMERCADO"
Em seu discurso na abertura do ano na Alep, o secretário João Carlos Ortega disse que a ideia do governador é manter o Paraná como “supermercado do mundo e central logística da América do Sul”.
Segundo ele, no primeiro semestre do ano passado o agronegócio ajudou a elevar o PIB do estado em 8,66%, expectativa mantida para este ano.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: