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Política

Deputado Requião Filho confirma pré-candidatura ao governo do Paraná

Fernando Buchhorn Jr. - Redação Bonde
07 out 2025 às 17:43

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Foto: Valdir Amaral/Alep
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Eleito deputado estadual pelo PT com 85.676 votos (1,41%), em 2022, Requião Filho é uma das principais vozes da oposição na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) e trocou de partido para concorrer ao cargo de governador nas eleições de 2026. A autorização para a mudança de sigla foi confirmada pelo TRE (Tribunal Regional do Paraná) em abril desde ano e o deputado ingressou no PDT.


Em entrevista exclusiva à FOLHA, Requião Filho confirmou a pré-candidatura ao governo do Paraná e teceu críticas à gestão do governador Ratinho Junior (PSD) e à Alep, apontou problemas do governo Lula e reclamou da inércia do MP-PR (Ministério Público do Paraná).

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Natural de Curitiba, Maurício Thadeu de Mello e Silva tem 45 anos e é filho do ex-senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião. Ingressou na política em 2014, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez com o nome político “Requião Filho”, que adotou em referência ao pai e com o qual se reelegeu em 2018 e em 2022.


Avaliação do Governo

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Para o deputado, o governo estadual tem feito obras visando angariar votos nas eleições, mas sem um planejamento a longo prazo. Ele defendeu um governo ativo na promoção de políticas públicas de industrialização, geração de emprego e atenção ao pequeno e médio produtor rural em Londrina.


“A gente precisa buscar um planejamento real de como gerar riqueza e emprego na região de Londrina. A gente precisa de um programa de como atrair indústrias parceiras. Por que algumas pessoas ganham muito dinheiro e esse abismo social fica cada dia maior no Brasil? Porque a gente abandonou a geração de emprego. A gente está preocupado com números absolutos de superávit fiscal, de balança comercial. É muito importante, mas a balança comercial não põe comida na mesa. Não paga o salário do trabalhador de Londrina.”

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Redução do IPVA


A redução de 3,5% para 1,9% a alíquota do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) no Paraná a partir de 2026 (PL nº 690/2025), lei de autoria do Executivo, também foi alvo de críticas de Requião Filho, que chamou a proposição de “manobra eleitoreira” de Ratinho Jr.

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O deputado questionou a redução do IPVA, apontando que o Paraná tem o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) como um dos mais caros do Brasil. "O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Paraná, que está em tudo que você paga, ele (Ratinho Jr.) subiu duas vezes durante o seu governo”, comparou.


Mesmo assim, Requião Filho votou a favor do projeto da redução do IPVA. “Baixar o imposto é bom. Baixar o imposto é necessário. Você baixa o imposto e o dinheiro fica dentro da economia. Mas isso tem que ser feito com responsabilidade e dentro do possível.”

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Críticas


O deputado fez um balanço da atuação do Legislativo ao longo dos últimos 10 anos e criticou seus pares. “A atuação principal do deputado é fiscalizar. E, nos últimos 10 anos, a Alep fez isso com pouca maestria. Os projetos importantes da Assembleia nos últimos 10 anos, todos eles foram votados em regime de urgência, sem tempo para o debate, sem tempo para a discussão. Ou seja, a Assembleia, no meu entender, tem deixado muito a desejar.”

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O deputado também criticou instituições como o MP-PR (Ministério Público do Paraná) e o TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná), que, no seu entendimento, não contribuem como poderiam para o processo de fiscalização. “Os pedidos de informação e fiscalização raramente são respondidos a contento, com o aval do MP e do TJ. Porque se eu faço pedido de informação para um secretário e ele me responde com uma inveracidade, é crime de improbidade. E isso não é levado à frente”.


Saída do PT

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Em 2022, Requião Filho disputou as eleições pelo PT (Partido dos Trabalhadores), no qual se filiou junto com o pai, Roberto Requião. Entretanto, a relação de ambos com o partido não foi exitosa e culminou na desfiliação do pai em 2024 e do filho em 2025. Segundo o deputado, o projeto do governo federal é de poder e não de Estado.


“O governo federal manteve de errado tudo aquilo que tinha de errado no governo Bolsonaro na questão macroeconômica. Eu entrei no PT para que a gente melhorasse a economia brasileira. E o PT, ao invés de fazer o que tinha que ser feito, mantém uma política macroeconômica muito similar à do Paulo Guedes [ex-ministro da economia] com um tempero de bem-estar social.”


Mesmo assim, Requião Filho afirmou que sempre se identificou como centro-esquerda e que o PDT (Partido Democrático Trabalhista) está montando um grupo para disputar as eleições de 2026 com políticos progressistas que, segundo o deputado, fogem da polarização esquerda/direita.


“Eu venho de uma linha política [de Roberto Requião] que zerou o imposto para micros e pequenas empresas e trocou o imposto por emprego. Eu sou de esquerda ou de direita? Uma linha que baixou a energia pela metade para o agro fazer irrigação à noite. Ter menos custo e poder crescer. Mas, ao mesmo tempo, criamos tarifa social para famílias que não tinham condições de pagar e precisavam ter uma luz em casa. E aí, eu sou agro ou eu sou comunista? Então, é isso que eu preciso que as pessoas entendam. É possível ter um Estado de bem-estar social que atenda a população de A a Z”, analisou.


Futuro na Política


Requião Filho disse que, se eleito, pretende recuperar, ampliar e melhorar projetos do pai que, segundo o parlamentar, foram exemplares e servem como modelo e parâmetro para outras políticas públicas.

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“O maior exemplo de programa de governo do Roberto Requião chama-se ‘Leite das Crianças’. Nós tínhamos um problema de evasão escolar, desnutrição e na bacia leiteira do Paraná que estava quebrando. Com um único projeto, a gente garante o preço do leite para o produtor local, garante uma nutrição melhor para as crianças do Paraná e entrega ele dentro das escolas. Esse é um projeto exemplar e todo projeto de política pública tem que ser pensado desta maneira”, elogiou.

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