A Prefeitura de Londrina divulgou, nesta sexta-feira (26), durante audiência pública, o balanço da gestão fiscal referente ao segundo quadrimestre de 2025. O relatório aponta que a administração municipal mantém equilíbrio nas contas, com a receita corrente líquida ajustada em R$ 3,19 bilhões no período.
As receitas próprias tiveram destaque, especialmente com arrecadação de IPTU (14,2%) e ISS (12,6%), enquanto as transferências de saúde representaram 13,2% da receita e o Fundeb, 9,1%. Outras fontes relevantes foram ICMS (6,5%), IPVA (5,9%) e o Fundo de Participação dos Municípios (3,6%).
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Na área de despesas, o município aplicou R$ 425,5 milhões em educação, alcançando 30% da receita de impostos e transferências — acima do mínimo constitucional. Em saúde, o gasto foi de R$ 294,7 milhões, equivalente a 15% da receita, também acima do exigido pela legislação. No total, os investimentos nas duas áreas somaram mais de R$ 1,38 bilhão.
As despesas com pessoal atingiram 45,8% da receita corrente líquida, abaixo do limite prudencial de 51,3% e distante do teto legal de 54%, o que demonstra controle nos gastos da folha. Já o endividamento líquido ficou em 5,4% da receita, bem abaixo do limite de 120% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.
O diretor de Contabilidade da Secretaria Municipal da Fazenda, Danilo Aparecido Landegrafi Barbosa, destacou que, apesar dos resultados positivos, a gestão enfrenta desafios no cotidiano. Segundo ele, a atual administração herdou um cenário de descompasso entre receitas e despesas. “O município começou totalmente ajustado e com uma superestimativa da receita, ao mesmo tempo em que a despesa estava subestimada. Havia esse descompasso, que naturalmente se refletiu na execução orçamentária. Os índices legais estão sendo atingidos, mas o dia a dia da administração exige uma boa gestão para que não faltem serviços de qualidade à população”, afirmou.
Barbosa ressaltou ainda que, embora Londrina tenha espaço confortável em relação aos limites da LRF, é necessário cautela. “Os índices legais são atingidos com folga, mas alguns deles, como o do endividamento, são muito permissivos. Se o município chegasse próximo do teto, poderia enfrentar insolvência. Hoje, o endividamento líquido está em 5,4%, o que representa uma situação bastante favorável. Porém, nem todo recurso em caixa pode ser usado para amortizar dívidas, já que parte dele é carimbado para áreas como saúde e educação”, explicou.
O relatório também destacou pagamentos de R$ 125,3 milhões em obrigações financeiras, frente a R$ 7,8 milhões em novos empréstimos contratados no exercício.
De acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, os números reforçam a sustentabilidade fiscal da administração, permitindo a continuidade de investimentos sem comprometer a responsabilidade com as contas públicas
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