O prefeito Tiago Amaral (PSD) anunciou nesta segunda-feira (3), ao lado dos vereadores que compõem a Mesa Executiva da CML (Câmara Municipal de Londrina), que o Legislativo vai repassar R$ 4 milhões do seu orçamento de 2026 à Secretaria Municipal de Assistência Social. O objetivo é suplementar os recursos da terceira maior pasta do município, que enfrenta um corte de quase R$ 17 milhões previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) do próximo ano.
Além disso, a administração informou que o governo do Estado vai transferir R$ 11 milhões para reforçar o orçamento da secretaria, totalizando R$ 15 milhões em novos recursos.
Receba nossas notícias NO CELULAR
WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp.Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.
A LOA de 2026 destina R$ 117,7 milhões à Assistência Social, ante uma previsão de R$ 134 milhões na peça orçamentária de 2025. A Prefeitura tem destacado que, na prática, devem ser executados cerca de R$ 121 milhões neste ano, em meio a dificuldades financeiras e medidas de contingenciamento.
O vídeo com o anúncio do acordo entre Executivo e Legislativo foi publicado minutos antes da audiência pública que discutiu as peças orçamentárias do próximo ano. Manifestantes contrários ao corte lotaram as galerias da Câmara durante a sessão.
“Estamos conseguindo, junto ao governo do Estado e com recursos que a Câmara está garantindo para o ano que vem, a serem devolvidos para a Prefeitura, R$ 15 milhões em verbas que serão adicionadas à assistência social”, afirmou o prefeito, que defendeu que “a assistência não pode ser só recurso do município”.
“Acho que é um momento de maturidade. Nós tomamos uma decisão — a Mesa unida, com apoio dos demais vereadores — de, no próximo ano, abrirmos mão de uma receita considerável da Câmara”, declarou o presidente da CML, vereador Emanoel (Republicanos). “Com isso, vamos conseguir, de mãos dadas, olhando para o povo, para a cidade e para os que mais precisam, resolver um problema crônico de Londrina.”
Aos gritos de “deixa o povo entrar”, manifestantes que lotaram as galerias da CML pediam a entrada do público que ficou do lado de fora da Câmara. A capacidade máxima da sala de sessões, de 270 pessoas, foi rapidamente atingida.