A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob suspeita de crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
Leia mais:
Projeção com base em amostragem de votos indica vitória da oposição na Venezuela
Em Londrina, projeto de lei proíbe uso de celulares em escolas municipais
Embates ideológicos marcam semestre na Assembleia Legislativa do Paraná
Emanoel Gomes garante celeridade na análise das leis do Plano Diretor
Maciel Carvalho, ex-empresário de Jair Renan, também foi indiciado.
Jair Renan e seu ex-empresário foram investigados por suspeitas de falsificação em faturamentos da empresa do filho 04 de Bolsonaro, a RB Eventos e Mídia, para conseguir um empréstimo bancário.
Os números falsos apontavam para um faturamento de R$ 4,6 milhões no período de um ano, entre 2021 e 2022. Os detalhes foram obtidos pelo G1, e o indiciamento foi confirmado pela Polícia Civil do DF.
Agora cabe ao Ministério Público do Distrito Federal avaliar as provas e decidir se apresenta denúncia contra os investigados.
Segundo a investigação, Jair Renan teria aproveitado parte dos valores obtidos no empréstimo para pagar faturas de cartões de crédito da empresa.
O filho do ex-presidente foi alvo de buscas em agosto passado. Policiais apreenderam celulares, HDs e documentos em endereços ligados a Jair Renan em Brasília e Balneário Camboriú (SC).
Na operação, Maciel Carvalho ainda havia sido preso. Ele deixou o Complexo da Papuda nesta quinta-feira (15) apesar do indiciamento.
Segundo a Polícia Civil, o esquema para conseguir os empréstimos ainda envolvia a transferência de recursos por meio de contas laranjas, em nome de pessoas fictícias. As movimentações financeiras foram consideradas pelos investigadores como uma forma de lavagem de dinheiro, para esconder a origem dos recursos.
Além do indiciamento, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal intimou Jair Renan a pagar uma dívida de mais de R$ 360 mil para o banco Santander. O valor se refere à parte do empréstimo que não foi quitado pela empresa.
A reportagem entrou em contato com o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, que não se manifestou até a publicação desta reportagem.