O relator do processo disciplinar contra o deputado André Vargas (PT-PR) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG), disse nesta segunda-feira, 14, que o relatório preliminar de admissibilidade do processo só será apresentado no dia 22.
Vargas é acusado de quebra de decoro parlamentar após a revelação da estreita relação com o doleiro Alberto Yousseff, alvo principal da Operação Lava Jato,da Polícia Federal, que desbaratou um esquema de lavagem de R$ 10 bi. Delgado tem 90 dias para apresentar um parecer final sobre o caso, mas já indicou que deve propor a cassação de mandato. A expectativa é que o relatório fique pronto no final de maio.
Delgado é o mesmo que em 2005 pediu a cassação de José Dirceu. Quando foi escolhido para relatar o caso de Vargas, ele afirmou que conduzirá a relatoria de forma a dar amplo direito de defesa ao petista, mas lembrou que "é importante resguardar a imagem do Legislativo".
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Vargas, que também responde à uma representação na Corregedoria da Câmara, deverá voltar da licença na próxima semana para se defender. Ele renunciou ao cargo de primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados após vir à tona a história de que ele utilizou um avião do doleiro emprestado. Vargas também responde ao Conselho de Ética de seu partido.