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Segundo Datafolha

Mulheres indecisas têm percepção negativa de Bolsonaro e da economia

Folhapress
28 set 2022 às 09:38

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- Divulgação
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Eleitoras que ainda não definiram em quem irão votar para presidente se ressentem da situação da economia, tendem a ter uma avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro e veem desgaste no cenário político do país.


As observações constam em pesquisa qualitativa feita pelo Datafolha com um grupo de entrevistadas de diferentes regiões do país e de variadas ocupações, graus de escolaridade e idade.

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A pesquisa foi feita na última quarta-feira (21) e contou com 16 entrevistadas.

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Segundo o Datafolha, as eleitoras descreveram uma sensação de retrocesso no país hoje, mencionando problemas como a perda de poder de compra e a inflação, principalmente dos alimentos e combustíveis.
Na mais recente pesquisa de intenções de voto para presidente feita pelo Datafolha, realizada de terça-feira (20) a quinta-feira (22) da semana passada, os eleitores indecisos somaram 2% do eleitorado no levantamento estimulado (quando o entrevistador mostra os nomes dos candidatos).

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Na pesquisa espontânea (quando não são informados ao entrevistado quais candidatos estão concorrendo), esse índice pula para 14%.


Essa fatia do eleitorado pode ser crucial, por exemplo, para definir no próximo domingo (2) se haverá ou não um segundo turno na eleição presidencial.

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Diferentemente da pesquisa quantitativa, como a de intenção de voto, a qualitativa tem como objetivo se aprofundar em percepções de um grupo restrito de entrevistados que possam mostrar tendências de comportamento de determinado segmento da sociedade. A pesquisa não representa o total de eleitores.


Na pesquisa qualitativa feita na semana passada, as eleitoras indecisas afirmaram ter foco na eleição para presidente –somente uma participante manifestou real interesse nos demais cargos, ainda que tenha havido menções sobre a importância do voto para as outras vagas em disputa neste ano.

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Houve também menções críticas das eleitoras a questões como falsas promessas dos candidatos e brigas e ataque entre os políticos.


Bolsonaro (PL) foi criticado especialmente por seu despreparo para governar e atitudes como a gestão da pandemia do coronavírus.

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Uma eleitora que acha que seu governo não foi de todo mal classificou o candidato à reeleição como "um cara desbocado, que não sabe se portar" e que não agiu na área da segurança pública como prometia em 2018.


Também houve rejeição ao ex-presidente Lula (PT), principalmente em decorrência das acusações de corrupção contra ele e seu governo. O petista ficou preso por 580 dias entre 2018 e 2019 devido à condenação na Operação Lava Jato que foi anulada posteriormente no Supremo Tribunal Federal. Uma das entrevistadas afirmou que é preciso parar de pensar na ideia de "roubou, mas fez".

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Entre pontos positivos mencionados acerca do ex-presidente estão a promessa de reajustar o Auxílio Brasil e o histórico de trabalho pelo Nordeste.


Uma das entrevistas disse que o petista representa "a única chance de despedir Bolsonaro".

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Sobre Ciro Gomes (PDT), que tem aparecido em terceiro lugar nas pesquisas, mas muito atrás dos dois líderes, o grupo de eleitoras também não demonstra entusiasmo com a candidatura, mencionando como pontos negativos o fato de ser um político de carreira.


A favor do pedetista, há citações a proposta de cobrar mais impostos dos mais ricos e ainda a preocupação com a educação.


A pesquisa qualitativa também questionou as participantes sobre a candidata Simone Tebet, do MDB, pouco conhecida no grupo.


Entre pontos favoráveis à emedebista, foram mencionados o fator novidade na eleição e a preocupação com questões sociais.


Mas houve questionamentos sobre sua capacidade para governar caso eleita e até comparação com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment em 2016.


As eleitoras ouvidas também disseram ter poucos detalhes sobre os planos de governo dos presidenciáveis e afirmaram que precisam buscar mais informações para decidir em quem votar.


Mesmo quem diz não gostar de política afirma que, com a proximidade das eleições, procura se inteirar sobre o assunto. A maioria votou em 2018 e pretende votar também neste ano.

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