Cinco dias antes de ver seu nome em um plano do PCC para matá-lo, Sergio Moro (União Brasil) concedeu entrevista à FOLHA e comentou não ver políticas direcionadas ao combate do crime organizado por parte do governo Lula, em especial do Ministério da Justiça e Segurança Pública — pasta que o ex-juiz comandou entre janeiro de 2019 e abril de 2020, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Ainda não vi nenhuma estratégia contra o crime organizado. Vamos ter que aguardar para ver o que esse governo pretende fazer. Chama atenção o fato de estarmos tendo atentados de natureza terrorista no Rio Grande do Norte praticados por organizações criminosas”, declarou o senador na última sexta-feira (17), mencionando a onda de violência que atinge o estado nordestino desde a semana passada.
Moro também criticou o foco dado ao Executivo federal na nova versão do Programa Nacional de Segurança com Cidadania. O Pronasci II, segundo a Justiça, terá esforços integrados e investimentos voltados não somente a forças policiais, mas a áreas como educação, cultura e saúde.
Leia mais:
Datena volta às ruas e ouve elogios por agressão a Marçal
Boca Aberta tem candidatura a prefeito indeferida em Ibiporã
Datena tem o dobro de menções de Marçal em grupos de WhatsApp após cadeirada
Ministro abre inquérito no STF contra Silvio Almeida por suspeita de assédio sexual
“Insistir em um programa que deu errado não é a melhor estratégia. Isso preocupa quando se coloca como o carro-chefe dentro do Ministério da Justiça”, apontou o senador.
O parlamentar ainda reivindicou mais investimentos em iniciativas como o Banco Nacional de Perfis Genéticos — que ele argumentou ter encorpado quando era ministro. Até dezembro de 2022, eram 175 mil perfis cadastrados a partir de coletas no sistema prisional, enquanto que, conforme Moro, os Estados Unidos têm uma base de dados de 13 milhões de pessoas.
LEIA ESTA E OUTRAS NOTÍCIAS SOBRE O ASSUNTO NA FOLHA DE LONDRINA: