O prefeito Marcelo Belinati (PP) sugeriu que a proximidade com o período eleitoral pode ter contaminado o debate sobre o reajuste salarial da GM (Guarda Municipal).
“Claro que sabemos que esse momento que estamos passando, talvez existam questões políticas envolvidas, né. Porque não tem sentido nenhum, na minha cabeça, de não querer valorizar a guarda municipal, não querer valorizar o coveiro”, comentou, em resposta a questionamento feito pela FOLHA, durante a inauguração da trincheira da avenida Leste-Oeste, nesta sexta-feira (28).
O chefe do Executivo municipal ainda afirmou que vai sancionar os projetos de lei que aumentam os salários dos guardas municipais de Londrina “assim que chegar” até ele. “Se chegar, eu sanciono neste minuto”, garantiu. Os textos foram aprovados pela Câmara em segunda discussão na quinta-feira (27). Foram 13 votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção.
Leia mais:
Concessão de Praça da Juventude é retirado da pauta da sessão da Câmara de Londrina
Fábio Cavazotti defende aprovação de nova sede para Codel e Ippul nesta quinta
Prefeitos da região articulam grupo para o fortalecer o Norte do Paraná
Tiago Amaral anuncia equipe de transição de governo em Londrina
O reajuste no pagamento da corporação será de 27,12% a partir de julho, de forma parcelada em setembro e novembro, além do avanço de 34 níveis na tabela de remuneração a partir de 2025. Belinati também pretende avalizar a lei que cria a gratificação de R$ 450 para os funcionários da Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina) logo que for encaminhada à prefeitura.
“Essa questão (da Guarda Municipal) vinha sendo debatida ao longo do tempo. Eles merecem essa valorização, assim como os coveiros também merecem. É um trabalho que é muito triste, que vê tanta coisa triste. Então, se chegar para mim agora já sanciono nesse mesmo minuto, porque é a valorização dos nossos profissionais, da guarda e dos funcionários da Acesf”, frisou.
Os projetos foram protocolados no início de junho, porém, viraram alvo de críticas dos vereadores pelo tempo exíguo para análise e a falta de documentos, como o impacto financeiro, que posteriormente foi apresentado. Até parlamentares da base aliada mostraram insatisfação com a protocolo adotado pela prefeitura e reclamaram de forma velada ou durante discursos em plenário.
Belinati rebateu que não houve erro do município. “Foi totalmente correto, dentro do prazo legal, com todos os documentos apresentados, tudo dentro da mais absoluta legalidade no que se diz ao trâmite legislativo e de legalidade.”