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Sessão de julgamento

Maioria rejeita cassação do mandato da vereadora Mara Boca Aberta em Londrina

Douglas Kuspiosz - Folha de Londrina
29 mai 2024 às 20:39

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- Fernando Cremonez/Divulgação CML
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Em uma sessão que durou quase 11 horas, a maioria dos vereadores de Londrina rejeitou a cassação de Mara Boca Aberta (Podemos), que respondia denúncia de quebra de decoro parlamentar baseada em três acusações: divulgação da candidatura inexistente do seu marido Emerson Petriv, o Boca Aberta, na campanha de 2022; abuso de poder econômico e má utilização de recursos do Fundo Eleitoral; e suposto favorecimento pessoal a um ex-assessor.


As três acusações foram votadas separadamente durante a sessão, que começou às 9h30 e seguiu até as 20h desta quarta-feira (29). Quanto à denúncia de divulgação da candidatura de Petriv, foram favoráveis Beto Cambará (PRD), Emanoel Gomes (Republicanos), Giovani Mattos (PSD), Lenir de Assis (PT), Fernando Madureira (PP), Nantes (PL), Flávia Cabral (PP) e Santão (PL). Já Chavão (Republicanos), Deivid Wisley (Republicanos), Eduardo Tominaga (PP), Jairo Tamura (União), Jessicão (PP), Lu Oliveira (Republicanos), Matheus Thum (PP), Sonia Gimenez (PSB), Roberto Fú (PL) e Mara Boca Aberta (Podemos) foram contra. Dani Ziober (PP) se absteve.

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O segundo fato, relacionado ao suposto abuso do poder econômico e má utilização de recursos públicos, teve nove votos favoráveis - Beto Cambará, Emanoel Gomes, Giovani Mattos, Lenir de Assis, Fernando Madureira, Nantes, Flávia Cabral, Sonia Gimenez e Santão - e nove contrários - Chavão, Deivid Wisley, Eduardo Tominaga, Jairo Tamura, Jessicão, Lu Oliveira, Matheus Thum, Roberto Fú e Mara Boca Aberta. Novamente, Dani Ziober se absteve. A terceira acusação - que, inclusive, foi considerada improcedente pelo relatório da CP (Comissão Processante) - foi rejeitada por todos os vereadores.

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Em entrevista coletiva após a decisão, Mara disse que estava ansiosa e que recebeu a absolvição com “muita alegria e tranquilidade”.

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“Eu sempre deixei bem claro  que o julgamento aqui tinha um peso político, mas sempre acreditei que aqui existem, sim, vereadores justos. Sempre acreditei na verdade que foi colocada ali e a verdade prevaleceu. Eu estou muito feliz, isso me dá uma energia ainda maior de trabalhar, de trabalhar pelo povo, de fazer aquilo que eu me propus, que foi representar a população de Londrina aqui na Câmara de Vereadores”, disse a parlamentar.


A avaliação da defesa de Mara, que foi representada pelo advogado Rafael Moraes na sustentação no plenário, foi de que o “esclarecimento técnico” foi importante para “subsidiar uma justificativa dentro de um processo político”.

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“A defesa buscou a todo tempo demonstrar a lisura do procedimento realizado pela vereadora Mara Boca Aberta, que na época estava como candidata a deputada federal, demonstrando com provas, com documentos do próprio Tribunal Regional Eleitoral, com artigos de leis. Esse ponto a defesa entende que foi crucial para que pudesse subsidiar a justificativa de um julgamento político e justo”, afirmou Moraes.


“O Boca [Aberta] sofreu uma grande injustiça quando foi cassado por esta Casa, então eu tinha muito medo, sim, que isso acontecesse comigo. Mas, hoje nós podemos comprovar que esta legislatura é diferente da passada e que, sim, temos que acreditar nos políticos que nos representam aqui na CML”, disse a vereadora.

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