A Câmara Municipal de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina) recebeu, durante a sessão ordinária realizada na noite de segunda-feira (23), membros do Movimento Justiça por Almas - Mães de Luto em Luta, composto por familiares e amigos de vítimas da violência policial no Paraná, que pede a implantação de câmeras nos uniformes dos policiais militares do Estado.
Durante 40 minutos, os vereadores e os demais presentes ao Plenário ouviram os depoimentos de três mães de jovens mortos em ações da Polícia Militar: Hayda Melo (mãe de Willian Jones Faramilio da Silva Junior, morto aos 18 anos, em maio do ano passado, perto da Universidade Estadual de Londrina - UEL); Marilene Santos (mãe de Davi Gregório Ferraz dos Santos, de apenas 15 anos, morto na Avenida Duque de Caxias, Centro de Londrina, em junho do ano passado); e Damaris Macedo (que perdeu o filho Maicon Macedo dos Santos, aos 25 anos, em agosto de 2020, em Ibiporã).
Além de uma força-tarefa para investigar os casos, a principal reivindicação dos familiares é que os agentes de segurança sejam obrigados a usar câmeras em seus uniformes. Segundo as mães, existem propostas com essa finalidade, na Assembleia Legislativa do Paraná (AL), como o Projeto de Lei nº. 448/2019, de autoria dos deputados Tadeu Veneri, Renato Freitas, Ana Júlia, Luciana Rafagnin, Requião Filho, Dr. Antenor, Professor Lemos, Arilson Chiorato (todos o PT) e Goura (PDT), que recebeu pareceres favoráveis da Comissão de Constituição e Justiça, com substitutivo geral, e da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação; recebendo parecer contrário da Comissão de Segurança Pública, mas até o momento não foi colocado na Ordem do Dia para votação em plenário.
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Diante dessa demora na tramitação, o Justiça por Almas vem recolhendo assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que, obtendo mais de 80 mil assinaturas, é obrigado a tramitar na AL.
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