O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), anunciou até agora 11 nomes para compor o primeiro escalão do seu segundo mandato a partir do dia 1º de janeiro de 2023.
Embora ele tenha conquistado 76% dos votos válidos em Londrina na sua busca pela reeleição ao Palácio Iguaçu, até agora não há na lista do futuro secretariado nomes do maior município do interior do Estado, seja por indicações do setor produtivo, de entidades de classe ou do rol de partidos que fizeram parte da campanha eleitoral para reeleição.
Eleito primeiro suplente na Assembleia Legislativa do Paraná, o presidente da Câmara Municipal de Londrina, Jairo Tamura (PL), afirma que ainda há uma expectativa de maior representatividade londrinense no governo do Estado, contemplada com o comando de uma pasta importante.
"Infelizmente até agora não temos nenhum nome da cidade nomeado no governo e isso nos entristece muito. Todas as forças políticas e entidades de diversos segmentos pleiteiam isso. Há essa vontade de Londrina estar mais próxima do governo, levando nossas demandas não somente por deputados. Vejo que o governador deveria levar em conta essa expressiva votação em Londrina, sendo a segunda maior cidade do Paraná pela importância", diz.
Também aliado de Ratinho Junior na campanha para reeleição, o prefeito Marcelo Belinati (PP) minimiza o fato de Londrina não contar, pelo menos até agora, com uma nomeação no primeiro escalão do próximo mandato do governador.
"É claro que é importante ter londrinenses também participando do governo. Mas muito mais importante que isso é o governo estadual trabalhar em parceria com a prefeitura, destinando recursos para cá e dando importância devida à cidade e região. Francamente, não é algo que me preocupa."
O prefeito alega que a parceria tem funcionado, mesmo sem representante local despachando diretamente do Palácio Iguaçu.
Apesar de uma estruturara inflada com previsão de 24 pastas para 2023 contra 15 secretarias, os nomes de londrinenses não são cotados nem por interlocutores de Ratinho Junior procurados pela FOLHA.
O governador foi eleito em 2018 defendendo uma estrutura mais enxuta da máquina pública e corte de gastos. Mas a nova reforma administrativa foi aprovada com nove novas pastas pela Assembleia Legislativa.
A estrutura prevê novas secretarias como da Cultura, Esporte, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mulher e Igualdade Racial, que até então tinham status de superintendência.