O procurador da República Deltan Dallagnoll, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, declarou que "existem evidências" de que o ex-deputado André Vargas (ex-PT), preso sob suspeita de corrupção, "conseguiu a aprovação de um termo de parceria entre o Ministério da Saúde e o laboratório Labogen (empresa controlada pelo doleiro Alberto Youssef)".
"(Vargas) tinha entrada no Ministério da Saúde", disse o procurador. Ele relatou, ainda, movimentos de Vargas na Caixa Econômica Federal no âmbito de contratos de publicidade. A força-tarefa identificou "várias ligações para um terminal de um diretor (da Caixa) diretamente pelo celular de André Vargas". Para os procuradores, a rotina de telefonemas do ex-parlamentar do PT "indica o poder de influência que ele tinha dentro dessas instituições".
O procurador Deltan Dallagnoll ressaltou que os contratos de publicidade com a Caixa e o Ministério da Saúde "serão objeto de aprofundamento das investigações".
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A força-tarefa da Lava Jato denunciou criminalmente à Justiça Federal os ex-deputados Pedro Corrêa (PP/PE), Luiz Argôlo (SD/BA), André Vargas (ex-PT/PR) e Aline Corrêa (PP-PE). São os primeiros políticos envolvidos no esquema de corrupção e propinas na Petrobrás formalmente denunciados pelo Ministério Público Federal. Ao todo, 13 pessoas foram denunciadas.