O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), e seu sucessor, Marcelo Belinati (PP), conversaram ontem pela manhã e deram os primeiros passos rumo à transição. Belinati foi a Brasília, onde além das sessões da Câmara Federal, também tem agendas nos ministérios da Saúde e Agricultura e na Caixa Econômica Federal. "Volto na quinta ou sexta-feira e vou manter contato com o Kireeff para tratar da transição", disse.
A equipe de transição vai se concentrar principalmente na questão financeira. "Espero identificar a real situação financeira da prefeitura porque é isso que vai pautar nossas ações para os próximos quatro anos", declarou, acrescentando que houve "muita especulação" sobre as contas da prefeitura no período eleitoral. "Ainda não defini nomes para a equipe, mas, certamente terá alguém capacitado da área econômica."
Sobre o secretariado, Belinati disse que ainda não tem nomes, mas já sabe o perfil de sua futura equipe. "Quero pessoas que como eu, tenham ética, moral, entendam profundamente da área, sejam proativas e não apenas apagadoras de incêndios e tenham sensibilidade humano e social para o diálogo e para as questões sociais", afirmou.
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Questionado se "ficha suja" seria um motivo para excluir um candidato a vaga no primeiro escalão, Belinati, que não é réu em qualquer processo, respondeu: "Eu não faço prejulgamento, mas, sim, este é um critério que vai ser levado em conta para a escolha do secretariado".
Kireeff, por sua vez, disse que em reunião com o secretariado ontem pediu "ainda mais capricho para entregar (a prefeitura) da melhor maneira possível". "Todo mundo sabia que o mandato acabaria e todos estão fazendo sua parte." Sobre a situação financeira, disse que os esforços para manter o equilíbrio econômico continuam. O projeto do Programa de Regularização Fiscal (Profis) deve ser sancionado o mais rápido possível, informou o prefeito.
Na última prestação de contas, a Controladoria-Geral do Município informou que o déficit projetado era R$ 47 milhões, embora em agosto tenha havido superavit. Para fechar as contas, além do Profis, a administração de Kireeff lançou mão de medidas de contingenciamento e ampliação da arrecadação. "O equilíbrio fiscal, vamos atingir com toda a certeza, e temos trabalhado incansavelmente para o equilíbrio financeiro." A administração atribui à crise econômica nacional a baixa na arrecadação e a consequente dificuldade em fechar as contas.