A Justiça Eleitoral em Cambé determinou, nesta quarta-feira (11), a interrupção de distribuição e apreensão de panfletos da coligação “Cambé de um Jeito Novo”, do candidato a prefeito Paulo Soares (Novo) com ataques à Vigilância Sanitária municipal por considerar que o impresso contém fake news e uma “visão depreciativa” de Conrado Scheller (PSD), adversário que tenta a reeleição pela coligação “Vamos Juntos”.
A juíza da 78ª Zona Eleitoral, Luciene Oliveira Vizzotto Zanetti, impôs multa diária de R$ 5 mil caso a circulação do material não cesse e a entrega dos impressos em 24 horas.
O panfleto partidário traz já no topo “A indústria da multa começa a tocar o terror em Cambé” e faz alusão tanto à instalação de radares de velocidade na cidade quanto a multas aplicadas pela Vigilância Sanitária a estabelecimentos comerciais.
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Na representação, a coligação de Scheller argumentou que o panfleto traria informações falsas sobre a atuação do atual prefeito. A defesa de Soares negou ofensa à honra ou à imagem do adversário ou que haja informação falsa no impresso, mas uma “crítica ácida” à forma como a Vigilância Sanitária
Ao analisar o caso, a magistrada considerou que o texto do impresso atinge “diretamente a credibilidade do departamento de vigilância sanitária da Prefeitura de Cambé” e concordou com o MPE (Ministério Público Eleitoral) que “o conteúdo combatido induz o eleitor a uma visão depreciativa do atual Prefeito (candidato à reeleição), e também atentam contra a credibilidade de importante órgão de fiscalização municipal e seus protocolos sancionatórios”.
Procurado, Paulo Soares se disse “surpreso” com a decisão, mas que respeita o trabalho da Justiça e que o pedido foi atendido e o material, entregue. Ele também afirmou que o objetivo do panfleto era dizer que ouviu as reivindicações e que vai “mudar a filosofia de fazer gestão em Cambé”. Também ressaltou a importância do trabalho da Vigilância Sanitária, mas que é a favor de “educar antes de punir”.
Por fim, disse que é contra todo tipo de fake news , “o que não houve neste caso, pois o material apenas critica um modelo de gestão”.