Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Invasão do Congresso

8/1 teve ligação apressada para autoridades e voz de prisão no plenário

Taísa Oliveira - Folhapress
05 jan 2024 às 11:10

Compartilhar notícia

- Marcelo Camargo/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Os momentos de tensão durante a invasão do Congresso Nacional em 8 de janeiro tiveram conversas por telefone em meio a bombas de gás lacrimogêneo, ligações frustradas para a cúpula do Governo do Distrito Federal e voz de prisão no plenário do Senado.


Mesmo avisado minutos antes de que o Senado tinha sido invadido, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), só entendeu a dimensão do que estava acontecendo quando recebeu uma ligação direto do Salão Azul.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"Eu liguei e falei: presidente, invadiram o Senado", conta o diretor-adjunto da Polícia Legislativa, Gilvan Xavier, que estava do outro lado da linha. "Eles estão quebrando tudo. Ele falou: Gilvan, toma conta do seu efetivo, cuidado. E faça o que você puder."

Leia mais:

Imagem de destaque
Filho do ex-presidente

PF mira Carlos Bolsonaro em depoimento de ex-ministro sobre caso Abin paralela

Imagem de destaque
Entenda

Concessão de Praça da Juventude é retirado da pauta da sessão da Câmara de Londrina

Imagem de destaque
Câmara de Londrina

Fábio Cavazotti defende aprovação de nova sede para Codel e Ippul nesta quinta

Imagem de destaque
Primeiro encontro do G6

Prefeitos da região articulam grupo para o fortalecer o Norte do Paraná


O barulho de bombas e vidros estilhaçados também marcou a conversa entre Gilvan e o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Publicidade


"Eu me recordo muito vivamente do desespero de Gilvan porque ele desligou o telefone gritando: senador Depois ouvi um barulho ensurdecedor", disse o senador à reportagem.


Imagem
Alexandre de Moraes diz que havia plano de enforcá-lo em praça pública no 8/1
O presidente do TSE (Tribunal Superior eleitoral), Alexandre de Moraes, afirmou que a investigação sobre os atos golpistas de 8 de janei


Os sinais de que alguma coisa poderia sair de ordem vinham desde a véspera. Pacheco, que estava de férias na França, chegou a mandar uma mensagem para o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), diante da ameaça de invasão ao Congresso.

Publicidade


Sem que a resposta do governador a Pacheco conseguisse convencer a Polícia do Senado, Veneziano relata que voltou a tentar falar com Ibaneis no dia 8 pela manhã.


Após novo insucesso, o senador ligou para o secretário estadual da Casa Civil, Gustavo Rocha, e ouviu dele que o esquema de segurança havia sido deixado por Anderson Torres.

Publicidade


A mensagem foi tão tranquilizadora, segundo Veneziano, que ele foi para uma praia de João Pessoa com a família. Coube ao filho do vice-presidente do Senado mostrar, pelo celular, as primeiras notícias do que acontecia em Brasília.


"Ele disse: pai, olha o que está acontecendo", relata. "A partir dali, efetivamente, eu conversei com o ministro Flávio Dino (Justiça), com uma diversidade de companheiros e de pessoas que estavam, direta ou indiretamente, envoltos aos episódios."

Publicidade


Apesar das ameaças que vinham desde a véspera, a Polícia Legislativa disparou o alerta vermelho no dia 8 quando os vândalos romperam a barreira que tinha sido montada a cerca de 2 km do Congresso.


Policiais do Senado foram acionados às pressas para reforçar a segurança da instituição e tentar conter a horda que caminhava pela Esplanada dos Ministérios com sinais de confronto. Além do ânimo exaltado dos golpistas e dos indícios de planejamento, também chamava atenção a inércia da Polícia Militar.

Publicidade


Imagem
Governo Lula recicla lema do STF, chama ato do 8/1 de 'Democracia Inabalada' e espera 500 convidados
O ato que marcará um ano dos ataques golpistas às sedes dos três Poderes, em Brasília no próximo dia 8, deve reunir no Congresso Nacional cerca de 500 convidados, entre autoridades e representantes da sociedade civil.


"A Polícia Militar é parceira nossa. A gente sempre teve um bom contato, mas no dia, aqui no Senado, quem agiu foi a Polícia do Senado", relata Gilvan.


"O pessoal que estava do lado de fora [do Congresso] tacava água para quem estava dentro porque a água serve de inibidor dos agentes químicos. A gente via que tinha uma organização. Eles sabiam onde era a chave geral de luz e desligaram. A meu ver, tudo isso já foi premeditado", conta.

Publicidade


Após o decreto de intervenção federal na segurança de Brasília, boa parte dos vândalos fugiu ou voltou ao acampamento em frente ao quartel-general do Exército. Com a situação sob controle, Gilvan foi responsável por dar voz de prisão ao grupo que ficou dentro do plenário do Senado.


"No momento em que chegaram vários policiais treinados, aptos a fazerem aquilo que estavam fazendo, que era lançar granada, bomba de efeito moral, eu vi que dava para a gente controlar o pessoal", afirma.


"Quando eu entrei no plenário, já vi coisas quebradas. Aí eu falei: aqui está todo mundo preso, não tem para onde correr. Na mesma hora passei [uma mensagem de] rádio, pedi um apoio e encaminhei todo mundo para a delegacia", completa ele sobre os 39 presos.


Enquanto os Três Poderes eram invadidos, Pacheco afirma ter conversado com a então presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, e afastado a possibilidade de pedir às demais autoridades uma ação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).


"[Tivemos] um diálogo a respeito da possibilidade de pedido de GLO ou não. Para ambos, o entendimento foi de que talvez fosse isso o que os criminosos que fizeram no dia 8 de janeiro pretendiam: a colocação das Forças Armadas em campo para poder ter uma perspectiva de uma ruptura de democracia", afirma.


"Foram vários momentos tensos, desde a notícia de que os prédios estavam sendo invadidos nas conversas que eu tive com a Polícia Legislativa até o diálogo com os próprios ministros, outros senadores. Todo mundo muito preocupado, então foi um momento de tensão perene, permanente."


Imagem
Sem ‘cheque simbólico’, Câmara devolve quase R$ 8 milhões para a Prefeitura de Londrina
A CML devolveu R$ 7,8 milhões aos cofres do município. Esse é o resultado das economias feitas pelo Legislativo no ano passado e representa 15,4% do orçamento de 2023, que foi de R$ 51 milhões.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo