Após cerca de onze anos no partido, o ex-deputado federal Jean Wyllys, 47, anunciou, nesta quinta-feira (20), a sua saída do
PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e a filiação ao PT (Partido dos Trabalhadores) em entrevista concedida à revista "Veja".
Um evento on-line para o anúncio oficial está previsto para ocorrer na próxima segunda-feira (24). Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff devem participar do encontro virtual.
"Só quero saber do que pode dar certo. Não tenho tempo a perder", resumiu ele, nas redes sociais. O PT, por sua vez, deu as boas vindas ao novo integrante do partido.
Leia mais:
Tiago Amaral anuncia equipe de transição de governo em Londrina
Deputado federal lança livro e documentário sobre dívida pública brasileira nesta quinta-feira
Entenda como a vitória de Trump deve afetar o Brasil, com mais protecionismo e cerco a importados
Brasil terá 52 prefeitos apoiados por PT e PL, incluindo vice de sigla rival
Durante a entrevista, Wyllys demonstrou entusiasmo com desempenho de Lula nas pesquisas eleitorais e disse que a esquerda precisa se unir para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"As pesquisas mostram que Lula é o único capaz de tirar Bolsonaro do poder. Agora é hora formar uma frente democrática, não fragmentá-la", avaliou.
Em 2019, Wyllys decidiu abrir mão do novo mandato legislativo devido a quantidade de ameaças que vinha recebendo. Segundo ele, o número de mensagens hostis aumentou consideravelmente depois do assassinato de sua correligionária Marielle Franco, em março de 2018. Desde então, o então parlamentar vivia sob escolta policial.
Após deixar o cargo, Wyllys decidiu morar fora do Brasil, mas o seu paradeiro se tornou uma incógnita durante algum tempo. Agora vive na Espanha, onde se dedica ao doutorado em Ciências Política na Universidade de Barcelona.