A história política mostra que eleger sucessores para a Prefeitura de Londrina nunca foi tarefa fácil. Atualmente, esse é o desafio do prefeito Marcelo Belinati (PP), que apostou suas fichas na ex-secretária de Educação Maria Tereza Paschoal de Moraes, a Professora Maria Tereza (PP), que segue no páreo contra o deputado estadual Tiago Amaral (PSD) no segundo turno. A definição do futuro prefeito ou prefeita ocorre no próximo domingo (27).
Fontes ouvidas pela FOLHA indicam que apenas dois chefes do Executivo tiveram sucesso em eleger quem recebeu seus apoios ao longo dos (quase) 90 anos de Londrina: Hugo Cabral, que governou a cidade de 1947 a 1951; e Milton Ribeiro de Menezes, prefeito em duas oportunidades: de 1951 a 1955 e de 1959 a 1963.
São movimentos políticos que ocorreram ainda no início da história londrinense. Hugo Cabral foi o segundo prefeito eleito da cidade, logo após a ditadura do Estado Novo (1937-1945), e Menezes, o terceiro. Eles eram da UDN (União Democrática Nacional).
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O jornalista Widson Schwartz afirma que, no final do mandato de Cabral, Menezes foi escolhido como sucessor e venceu o pleito em 1951. “O Milton dizia: ‘Não fosse eu, quem fosse indicado pelo Hugo Cabral seria eleito”, relembra. “Consta, a gente escreveu isso, que Menezes foi o sucessor por influência dele.”
O segundo caso ocorreu justamente com Menezes, que conseguiu eleger outro udenista. “No segundo mandato do Milton, ele influiu para eleger o José Hosken de Novaes”, conta Schwartz, que afirma não haver registro de outro candidato à sucessão bem-sucedido.
“Foram prefeitos de grande prestígio, profundamente honestos, corretos e eficientes. Eram prefeitos com uma visão de futuro, são esses caras que bolaram a cidade", acrescenta.
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