A campanha do segundo turno em Londrina teve uma primeira semana marcada por representações judiciais com mútua troca de acusações nas propagandas eleitorais no rádio e na TV. As reclamações de "propaganda eleitoral negativa" foram frequentes pela ex-secretária Maria Tereza Paschoal de Moraes, a Professora Maria Tereza (PP), e pelo deputado estadual Tiago Amaral (PSD), que disputam a Prefeitura.
Com isso, pedidos de direito de resposta, exclusão de conteúdos em redes sociais e acusações de desinformação inundaram as ZEs (Zonas Eleitorais) de Londrina nos últimos dias.
O juiz Mauro Ticianelli, responsável pela 157ª ZE (Zona Eleitoral), afirma que as demandas judiciais têm sido “muito acima do esperado”. Na semana passada, Maria Tereza e Tiago Amaral assinaram o “Pacto pela Paz” do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), uma campanha para promover um pleito pacífico na cidade.
Leia mais:
PF mira Carlos Bolsonaro em depoimento de ex-ministro sobre caso Abin paralela
Concessão de Praça da Juventude é retirado da pauta da sessão da Câmara de Londrina
Fábio Cavazotti defende aprovação de nova sede para Codel e Ippul nesta quinta
Prefeitos da região articulam grupo para o fortalecer o Norte do Paraná
“É cedo para comentarmos sobre eventuais excessos ou mesmo o descumprimento do recentemente assinado ‘Pacto pela Paz’", diz o magistrado, que entende que ignorar o compromisso firmado "resultaria unicamente no desprestígio [junto] ao eleitor”.
“A Justiça Eleitoral apenas almeja, de forma muito concreta, que dois candidatos com nível cultural tão elevado e ocupantes de cargos tão nobres pensem unicamente no eleitor e na eleitora londrinenses”, continua Ticianelli, que ressalta que a legislação eleitoral busca coibir eventuais abusos com rigor, “principalmente na parte da desinformação”. “As penas são severas, vão desde multas em dinheiro até suspensão de diploma e mesmo cassação, no futuro."
Um advogado eleitoral ouvido pela FOLHA avalia que é normal o "acirramento" do debate no segundo turno, mas pontua que em Londrina os ataques têm passado do ponto. "No primeiro turno, as agressões ficam diluídas. No segundo, são dois candidatos e o confronto é direto."
Continue lendo na Folha de Londrina: