Política

Diretor da Anvisa renuncia e Renan Calheiros reivindica a indicação para a vaga

24 mar 2015 às 22:24

O diretor-presidente em exercício da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jaime Oliveira, deixa o cargo nesta sexta-feira (27), dois anos antes da conclusão do mandato. A decisão foi comunicada para integrantes de sua equipe em uma mensagem eletrônica nesta tarde. Os rumores de sua saída, no entanto, começaram a circular na sexta-feira passada.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reivindica a indicação de um nome para uma vaga na diretoria da agência. Mas não se contenta com o posto. Quer que seu indicado seja alçado à presidência.


A saída vai facilitar as negociações políticas no governo. Oficialmente, a decisão de Oliveira foi tomada por questões pessoais. A reportagem apurou, no entanto, que o afastamento foi provocado diante da insatisfação de Oliveira com o fato de que ele não seria confirmado como diretor presidente da agência.


Oliveira esteve reunido com o ministro da Saúde, Arthur Chioro. O ministro não se manifestou sobre o assunto. Afirmou que a nova indicação é tema da Presidência da República.


O diretor, que é formado em Direito pela Universidade de São Paulo, estava como interino no cargo desde outubro do ano passado, depois do fim do segundo mandato de Dirceu Barbano. Uma versão mais "técnica" para as trocas é a de que o ministro Arthur Chioro defendia para a presidência da agência um profissional ligado à área de saúde. Isso afastaria as críticas, que engrossaram nos últimos meses, da falta de um representante do setor de saúde. Atualmente são dois com formação em Direito e dois, em Economia. Com a saída de Oliveira, ficam dois cargos vagos na agência.

Esta é a segunda vez desde a criação da agência, em 1999, que um diretor renuncia ao mandato. Gonzalo Vecina, o primeiro diretor da agência, saiu do cargo para mais tarde assumir a Secretaria de Saúde de São Paulo. Vecina havia assumido o posto na gestão do tucano José Serra e sua saída coincidiu com os primeiros meses do mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


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