O líder do PT na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, Tadeu Veneri, admitiu ontem que as denúncias envolvendo André Vargas devem afetar a organização do partido visando às eleições de outubro. Com a desistência do vice-presidente de agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias (PDT), o londrinense seria a primeira opção da aliança com o PDT para concorrer ao Senado.
"Ele queria que seu nome fosse indicado, mas obviamente que não irá mais postular, dada toda essa situação. Nós iremos aguardar para verificar os desdobramentos junto aos outros partidos. Só saberemos quando fecharmos as convenções", afirmou.
Em entrevista à FOLHA em novembro de 2013, o deputado federal Dr. Rosinha (PT) tinha sinalizado a intenção de disputar a vaga, hipótese que deve ganhar força a partir de agora. Prestes a encerrar seu quarto mandato na Câmara, ele decidiu não ser candidato à reeleição, devido ao alto custo das campanhas para cargos proporcionais. "É um bom nome. Tem uma larga experiência dentro do Congresso, da Assembleia, e sem dúvida nenhuma seria um bom candidato", opinou Veneri.
Leia mais:
Candidatos em Curitiba tentam desviar de desgastes no 2º turno da disputa
PSD ganha força para 2026 no Paraná, mas precisa superar divisão da direita
Com menor visibilidade, veteranos ficam fora da Câmara de Londrina
Maria Tereza e Tiago Amaral se encaram em primeiro debate nesta segunda-feira
Quanto ao afastamento do vice-presidente da Câmara, o líder do PT disse ser um direito, para que o parlamentar tenha tempo de preparar a sua defesa. "Não vejo nenhum problema em nós investigarmos quem quer que seja. Aliás, será bom que façamos com profundidade." Durante a sessão de ontem na AL, a reportagem também procurou o presidente do PT no Paraná, Enio Verri, que preferiu não comentar o assunto.