Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo criticando o influenciador Pablo Marçal (PRTB) por ter comparado a cadeirada que levou em debate eleitoral com a facada desferida contra o ex-presidente em 2018.
Bolsonaro lamentou a agressão do apresentador José Luiz Datena (PSDB), mas disse que Marçal o provocou até o limite. "Usar o episódio da cadeirada que ele provocou para buscar se comparar comigo, com o [Donald] Trump, para conseguir o poder é lamentável", afirmou.
O ex-presidente reafirmou o voto no prefeito Ricardo Nunes (MDB), cujo vice, o coronel da reserva Ricardo Mello Araújo (PL), foi indicado por ele. Bolsonaro pediu para que os eleitores votem com a razão, e não com a emoção.
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Afirmou, ainda, que é possível errar no voto, mas que há uma diferença muito grande em votar "já sabendo que vai errar".
"Não entrem na pilha de provocações, de fake news, de fazer meme, de fazer recortes, buscar espaço para chegar ao poder. Chegando ao poder o que ele vai dar a vocês?"
O vídeo foi publicado na lista de transmissão do pastor Silas Malafaia no WhatsApp e em suas redes sociais. Malafaia e Marçal são desafetos e têm trocado ataques.
O influenciador compartilhou o vídeo de Bolsonaro e escreveu: "Relativizando a agressão. Minha continência somente ao povo". Nos comentários do Instagram de Malafaia, Marçal disse que "a liberdade não tem dono".
A gravação também foi repostada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), principal cabo eleitoral do prefeito.
Nunes e Marçal vêm travando uma disputa entre os eleitores da direita conservadora, que identificam no autodenominado ex-coach os seus valores e bandeiras, enquanto desconfiam da lealdade do prefeito em relação a esse campo.
Hoje os dois estão empatados entre eleitores do ex-presidente, após recuperação do emedebista, mostra a última pesquisa Datafolha. Marçal havia ultrapassado Nunes com folga entre o grupo no mês de agosto.
Contribuiu para o avanço do influenciador o fato de Bolsonaro, apesar de oficialmente apoiar o prefeito, ter sinalizado também em direção a Marçal, para evitar ataques do próprio público. O ex-presidente mantém uma relação de morde e assopra com o influenciador.
Alguns fatores podem ter contribuído para que Nunes se recuperasse entre os eleitores do ex-presidente, como sua participação no ato bolsonarista do 7 de Setembro - enquanto Marçal foi criticado publicamente por Bolsonaro por ter chegado ao final e se aproveitado do evento.
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