O prefeito de Londrina Marcelo Belinati (PP) disse que não pretende interferir no debate de aumento de número de vereadores na Câmara Municipal. Ele foi questionado sobre o tema em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (9) no auditório da ACIL (Associação Comercial e Industrial de Londrina) durante evento voltado à microempresários.
O assunto deve ser discutido ainda neste semestre pela Mesa Executiva e é defendido pelo atual presidente da Casa, o vereador Emanoel Gomes (Republicanos). O objetivo é aumentar das atuais 19 cadeiras para 23 cadeiras em 2025, mas o teto permitido pela emenda constitucional 58/2009 é de 25 cadeiras para municípios de 450 a 600 mil habitantes.
"A Câmara de Vereadores é um poder autônomo e independente. Eles [vereadores] têm total independência para definir esses parâmetros. É uma responsabilidade deles, vamos aguardar se irão apresentar esse projeto ou não. Vamos respeitar a opinião deles", tergiversou Belinati.
Leia mais:
Veja os 7 caminhos para vitória de Trump ou Kamala, e 1 para empate
Jennifer Aniston se pronuncia sobre boatos de caso com Barack Obama e diz que são 'absolutamente falsos'
Entenda o que é assédio eleitoral e como fazer uma denúncia
Saiba o que acontece com o voto depois de depositado nas urnas
Ao ficar em cima do muro sobre o tema, o prefeito de Londrina vai na contramão da declaração do prefeito de Arapongas, Sergio Onofre (PSC) que classificou de 'absurdo, besteira e desnecessário' o aumento de 15 para 17 cadeiras. Em Arapongas, o projeto já passou em votação em primeiro turno na Câmara Municipal na sessão de segunda-feira (7), com 13 votos favoráveis e 1 contrário.
Mesmo sem cravar um posicionamento, Belinati acredita que os vereadores poderão ser cobrados pelos eleitores sobre a decisão em benefício próprio. "Eu vejo que os vereadores são representantes do povo, são eleitos pela população e eles tem autonomia. Eles serão cobrados ou não pela população em relação a postura que defenderem."
Belinati afirmou ainda que não pretende interferir nos votos de vereadores da sua base de sustentação na Casa. Ele também diz que a questão de impacto orçamentário deve ser avaliada pelos próprios parlamentares. "A Câmara de Vereadores tem um percentual de recursos previsto e autorizado para seu orçamento. Mas é como eu disse: o Legislativo é um poder independente, assim como é o Judiciário", finalizou.
Londrina chegou a ter 21 vereadores. A última legislatura com esse montante foi a de 2001 a 2004, mas houve queda na composição após pressão social.