A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (17), a urgência de tramitação de um projeto de lei que anistia os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A opção foi pautar um texto apresentado pelo deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). Foram 311 votos a favor, 163 contrários e sete abstenções.
A bancada paranaense garantiu 23 votos favoráveis à urgência do PL, com seis contrários e uma abstenção. Entre os parlamentares de Londrina, Filipe Barros (PL), Diego Garcia (Republicanos), Luísa Canziani (PSD) e Luiz Carlos Hauly (Podemos) foram favoráveis, enquanto Lenir de Assis (PT) votou contra.
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De acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o relator do projeto será nomeado nesta quinta-feira (18). Com a urgência aprovada, o PL pode ser votado diretamente pelo plenário, sem passar pelas comissões da Câmara.
Pelo texto original de Crivella, ficam anistiados “todos os que participaram de manifestações com motivação política e/ou eleitoral, ou as apoiaram, por quaisquer meios, inclusive contribuições, doações, apoio logístico ou prestação de serviços e publicações em mídias sociais e plataformas, entre o dia 30 de outubro de 2022 e o dia de entrada em vigor desta Lei”.
Motta explicou que buscará construir, junto ao futuro relator, o novo texto. "Tenho convicção de que a Câmara conseguirá construir essa solução que busque a pacificação nacional, o respeito às instituições, o compromisso com a legalidade e leve em conta também as condições humanitárias das pessoas que estão envolvidas nesse assunto", declarou.
Em suas redes sociais, Filipe Barros comemorou o resultado da votação. “É chegada a hora de recolocar nos trilhos a Democracia e a Liberdade da nossa Nação. Sinto orgulho de, desde o início de meu mandato, ter conseguido trabalhar, batendo de porta em porta nos gabinetes dos deputados, para que pudéssemos chegar a esse momento histórico”, escreveu.
Lenir criticou a aprovação da urgência do PL e disse que não existe pacificação “através da impunidade”.
“A extrema direita é maioria no Congresso atual, aprovaram ontem [na terça, 16] a PEC da Bandidagem e hoje (quarta, 17) formam maioria para anistiar os golpistas do 8 de janeiro, aqueles que planejaram assassinar Lula, Alckmin e Moraes, defenderam a intervenção militar e tentaram explodir uma bomba no aeroporto de Brasília. Hugo Motta ignora a voz do povo e insiste em pautar um projeto absurdo e impopular”, disse a parlamentar.
(Em atualização)
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