A Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) voltou a cobrar o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) sobre uma proposta feita a ele durante a campanha eleitoral de 2012. A entidade quer que a prefeitura substitua o Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) por uma secretaria municipal de Indústria e Comércio e uma agência público-privada. "Seria uma pasta enxuta, com secretário e uns cinco servidores, para cuidar da parte política da atração de empresas e uma Agência de Desenvolvimento, que funcionaria como um conselho, com a participação de representantes dos poderes público e privado", explicou o presidente da Acil, Flávio Balan.
A Codel foi manchete dos veículos de comunicação de Londrina na última semana, quando um servidor do instituto, uma corretora de imóveis e um empresário foram presos pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) acusados de participar de um esquema de cobrança de propina para facilitar a aprovação de projetos de doação de terrenos públicos para pelo menos quatro empresas. "Aproveitamos este último escândalo para pedir ao prefeito antecipar a análise da nossa proposta", admitiu Balan.
Na avaliação dele, a mudança de formato só vai trazer benefícios ao município. "Vamos ter pessoas técnicas e sérias à frente da agência. E também teremos como mandá-las embora em caso de irregularidades", argumentou. Sobre a possibilidade da Agência de Desenvolvimento controlar o mercado comercial e industrial da cidade, o presidente da Acil desconversou: "Temos agências semelhantes fazendo um ótimo trabalho tanto em Curitiba quanto no Governo do Estado".
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Os projetos das duas agências, inclusive, foram enviados para Kireeff analisar. "É para ele ter uma base para criar a iniciativa de Londrina", completou Balan.
O prefeito tem até o dia 15 de janeiro para responder os questionamento da Acil sobre a extinção da Codel e a consequente criação da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio e da Agência de Desenvolvimento de Londrina.