Polícia

Polícia Federal de Londrina prende suspeitos de tráfico aéreo de drogas

06 mar 2025 às 09:17

A PF (Polícia Federal) cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão nas cidades de Londrina, Ibiporã (região metropolitana de Londrina) e Presidente Castelo Branco (região metropolitana de Maringá) contra membros de uma organização criminosa que atuava no tráfico internacional de drogas por via aérea na manhã desta quinta-feira (6).


As investigações da Operação Hat Trick, como foi chamada, começaram em maio de 2024, resultando na prisão de um piloto de helicóptero que transportava 243 quilos de cocaína em Jaguapitã (região metropolitana de Londrina), no mês seguinte. A droga tinha como origem o Paraguai.


De acordo com o delegado Daniel Martarelli da Costa, da Polícia Federal, o piloto do helicóptero, que permanece preso desde então, teria sido contratado pela organização por ter experiência no transporte aéreo de drogas, motivo pelo qual já havia sido detido outras vezes.


Segundo ele, a perícia do celular e do tablet do homem permitiu o avanço nas investigações e a identificação de quem prestava apoio em solo e quem coordenava a ação. Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Ibiporã e outros cinco de prisão, sendo três temporários e dois preventivos. As prisões foram feitas em Londrina, Ibiporã e Presidente Castelo Branco.


Em um dos endereços de Ibiporã, também foram encontradas 47 munições. Entre os presos, dois seriam os líderes e o restante responsável pela logística após o recebimento da droga. Eles devem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa.


Além do voo que levou a prisão do piloto, a polícia trabalha com a informação de que ao menos outras oito viagens teriam sido feitas. “Provavelmente foi movimentado mais de uma tonelada de droga em um curto espaço de tempo”, aponta, citando que a substância era sempre a cocaína.


O núcleo da operação era a cidade de Ibiporã, sendo o local em que o helicóptero ficava estacionado entre as viagens e de onde a droga era distribuída para outros locais, principalmente para o estado de São Paulo. O material apreendido vai ser analisado. Apesar de a maior parte do grupo ter sido desmantelada, o delegado trabalha com a hipótese de que outras pessoas ainda possam estar envolvidas no esquema.


A operação leva o nome de Hat Trick pelo fato de ser a terceira vez que o piloto do helicóptero é preso pelo mesmo crime, mas envolvendo organizações criminosas diferentes. “Era um indivíduo com histórico no cometimento desse tipo de crime”, aponta, complementando que ele já era conhecido no meio pela habilidade de pilotar durante a noite.


Costa explica que o transporte de drogas pelo modal aéreo é forte na região, já que a fiscalização nas rodovias acaba sendo mais intensa. As aeronaves, segundo ele, são adquiridas sem documentação e por um preço baixo, sendo que os criminosos optam por voar mais baixo para dificultar o trabalho das autoridades.


Além disso, a região também serve como rota para a droga que vem do Paraguai por conta da necessidade de abastecer: “seja para reabastecer e seguir viagem, seja para deixar a droga, que passa a seguir por via rodoviária”, detalha.


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