A Polícia Federal (PF) detalhou hoje (31) o esquema da quadrilha que roubava cargas com encomendas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos nas zonas norte e oeste da cidade do Rio. Durante as investigações, foram identificadas sete pessoas que tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça. Seis foram cumpridos durante a Operação GPS, um integrante continua foragido. Também foram expedidos sete mandados de busca e apreensão. Segundo a PF, a quadrilha fez pelo menos 25 roubos e três integrantes são motoristas terceirizados dos Correios, que passavam informações privilegiadas aos comparsas.
De acordo com as investigações, os criminosos negociavam os produtos roubados e o material era levado para a área do Complexo do Chapadão, na zona norte do Rio. Os agentes fizeram as prisões em Guadalupe, Campo Grande, São João de Miriti e Coelho Neto. Também foram apreendidos eletroeletrônicos como televisores e notebooks.
De acordo com o delegado da Delegacia de Patrimônio da Polícia Federal (Delepat), Fábio Andrade, os criminosos, armados com pistolas e revólveres, abordavam os veículos carregados, depois de receberem informações dos motoristas.
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"Os motoristas chegam aos Correios com as suas respectivas kombis, recebem a carga, colocam dentro do veículo e saem com o carteiro dos Correios. No meio do caminho ele [o motorista] aciona um integrante da quadrilha e esse integrante anuncia o assalto e retira a carga da kombi, coloca em um segundo veículo e vai embora. Essa carga geralmente fica guardada na favela Gogó da Ema, onde hoje a gente intensificou as buscas", disse.
Os integrantes da quadrilha estão presos no presídio de Ary Franco, em Água Santa, na zona norte do Rio, e vão responder por roubo, associação criminosa, comunicação falsa e apropriação indébita. As penas podem chegar a dez anos de prisão.