Em uma sessão tumultuada e marcada por protestos, a AL (Assembleia Legislativa do Paraná) aprovou nesta quarta-feira (23) o projeto de autoria do governo do estado que autoriza a transformação da Copel em uma companhia de capital disperso, sem controlador.
Com isso, o estado deixará de ter o controle sobre a companhia e terá sua participação limitada a 10% das ações com direito a voto (atualmente, o estado detém 69,7% das ações). Foram 38 votos favoráveis e 14 contrários. A segunda votação está marcada para a manhã desta quinta (24).
As galerias superiores da AL foram ocupadas por servidores da Copel contrários à venda das ações e o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD), impediu que manifestantes tivessem acesso à galeria inferior.
Leia mais:
Ministério Público vai implantar décima unidade do Gaeco no Noroeste do Paraná
No Paraná, Prudentópolis ganha Caminho de São Miguel Arcanjo com 16 igrejas ucranianas
Regional de Saúde de Londrina continua a liderar casos de dengue no Paraná, com 936
Abastecimento de água em Londrina e Cambé deve ser normalizado até à noite
Desde a sessão de terça-feira, quando o assunto entrou na pauta, a tropa de choque da Polícia Militar reforçou a segurança no Centro Cívico de Curitiba. Apesar dos protestos e da argumentação da oposição ao governador Ratinho Junior (PSD), de que não houve tempo para debater a proposta, o projeto deverá ser novamente aprovado nesta terça.
A oposição a Ratinho Junior adiantou que vai recorrer à Justiça contra o que chama de privatização da estatal. Segundo o deputado Arilson Chiorato (PT), o projeto será alvo de uma ação popular e o diretório nacional do PT estuda entrar com um mandado de segurança.
A oposição também vai acionar a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Ministério Público Federal (MPF). O deputado Goura ainda afirmou que seu partido, o PDT, também tomará medidas jurídicas contra o projeto.
Antes da votação, a base de apoio a Ratinho Junior rejeitou um requerimento da deputada Mabel Canto (PSDB) que pedia a suspensão da análise do projeto por uma sessão.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA.