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Há 80 anos

Vivendo em Londrina, sobrevivente da bomba atômica relembra destruição no Japão

Heloísa Gonçalves - Redação Folha
10 ago 2025 às 10:21

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Foto: Heloísa Gonçalves
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Há 80 anos, em 9 de agosto de 1945, o Japão chorava o destino dos milhares de nativos mortos em Nagasaki, no sudoeste do país, pelo impacto, radiação e queimaduras causadas pela segunda bomba atômica - "Fat Man" - lançada pelos Estados Unidos.


Iso Eguti carregava a filha, Mitsue Okada, nos ombros enquanto voltavam da Prefeitura, onde tinham ido buscar mantimentos. Elas passavam por uma serralheria quando sentiram o choque da bomba no chão e madeiras caíram sobre a menina, que tinha apenas dois anos de idade, mas não se feriu. Seguindo o trajeto na rua, Eguti viu o corpo carbonizado de vizinhos.

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A mãe de criação de Mitsue, Sumi Hasegawa, estava na casa da irmã, que teve o teto arrancado com o impacto do ataque. “Para ir embora precisava atravessar a cidade inteira, aí todo mundo pedindo água, correndo para dentro de buraco, pessoas queimadas e doendo”, contou Mitsue, que hoje mora em Londrina e tem 82 anos.


Três dias antes, 6, moradores de Hiroshima, no oeste, viram uma "intensa bola de fogo" no céu, após o avião americano Enola Gay soltar a bomba "Little Boy" sobre a cidade. O império japonês se rendeu no dia 15 e, no total, 214 mil vidas foram findadas por conta dos ataques aéreos entre agosto e o final de 1945, ano em que a Segunda Guerra Mundial terminou.

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MORTE E DESTRUIÇÃO


Até hoje, os bombardeios aos municípios foram o único uso de armas atômicas em tempos de guerra. Análises calculam que no epicentro da bomba de Hiroshima, que levou a 140 mil óbitos, a temperatura atingiu 7.000°C. Um forno que provocou queimaduras graves e até fatais em um raio de quase três quilômetros.


O intenso clarão das explosões também causou cegueira temporária e lesões oculares irreversíveis, segundo o CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha). Muitos morreram ou ficaram gravemente feridos pelos destroços que foram lançados na explosão, outros pelo desabamento de edifícios ou quando foram arremessados pelo ar.


A radiação térmica que se seguiu às explosões em uma fração de segundo provocou incêndios que devastaram grandes extensões de Hiroshima e Nagasaki, município que perdeu 74 mil pessoas. Nociva, a "doença da radiação" afetou muitos dos que sobreviveram à destruição imediata nas cidades, com vômitos, dores de cabeça, diarreias, hemorragias, queda de cabelo e até a morte. Os sobreviventes, conhecidos como "hibakusha", ficaram expostos durante o resto de suas vidas a um risco mais elevado de desenvolver certos tipos de câncer.

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Leia a reportagem completa na Folha de Londrina:

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'Só vivia com fome', conta sobrevivente da bomba atômica
Ataques aéreos em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, completam 80 anos; sobreviventes que buscaram refúgio no Brasil relembram as dificuldades
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