Rochas encontradas na superfície de Marte oferecem uma das evidências mais animadoras até agora sobre a existência de vida antiga nesse planeta vizinho à Terra, anunciaram nesta quarta-feira (10) cientistas da Nasa.
O robô explorador Perseverance coletou em julho de 2024 uma amostra chamada "Cânion Safira" no que se acredita ser o antigo leito de um lago. As manchas nas rochas, com formato de sementes de papoula e pele de leopardo, apontaram para possíveis reações químicas que despertaram o interesse dos pesquisadores.
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Se as características forem resultado da mesma atividade microbiana que criou minerais na Terra, isso poderia indicar a existência de vida em Marte.
Embora seja muito cedo para afirmar isso de forma definitiva, as descobertas, detalhadas em uma pesquisa publicada na revista Nature, são muito promissoras, segundo os cientistas.
"São como restos fósseis, restos de uma refeição, e talvez essa refeição tenha sido excretada por um micróbio. E isso é o que observamos nesta amostra", explicou a jornalistas Nicky Fox, administrador da Diretoria de Missões Científicas da Nasa.
Quando esse tipo de características minerais e texturizadas se formam nos sedimentos da Terra, costumam ser o resultado de reações entre o lodo e a matéria orgânica, explicou o principal autor do estudo, Joel Hurowitz, o que poderia ser um sinal de vida.
Os instrumentos do Perseverance identificaram os minerais vivianita e greigita. Na Terra, a vivianita é encontrada frequentemente em sedimentos, turfeiras e ao redor de matéria orgânica em decomposição. Algumas formas de vida microbiana na Terra podem produzir greigita.
"Mas existem formas não biológicas de produzir essas características que não podemos descartar completamente com base nos dados coletados", acrescentou Hurowitz.
Vários rovers exploradores percorrem Marte - Perseverance está lá desde 2021 - em busca de sinais de vida que poderia ter existido há milhões ou bilhões de anos, quando acredita-se que o planeta era mais habitável.
Evidências de antigos rios e lagos na superfície do planeta indicariam que algum dia a água fluiu por lá.
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