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"Dia sombrio"

Primeiro-ministro da França diz que acordo comercial entre UE e EUA é ato de 'submissão'

Folhapress
28 jul 2025 às 12:00

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Reprodução/Facebook
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A França classificou o acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia como um "dia sombrio" para a Europa, dizendo que o bloco cedeu ao presidente dos EUA, Donald Trump, com um acordo desequilibrado que impõe uma tarifa de 15% sobre os produtos da UE, ao mesmo tempo em que poupa as importações dos EUA de qualquer retaliação europeia imediata.


As críticas do primeiro-ministro da França, François Bayrou, foram feitas após meses de pedidos franceses para que os negociadores da UE adotassem uma postura mais dura contra Trump, ameaçando com medidas recíprocas —uma posição que contrastava com as abordagens mais conciliatórias da Alemanha e da Itália.

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"É um dia sombrio quando uma aliança de povos livres, reunidos para afirmar seus valores comuns e defender seus interesses comuns, se resigna à submissão", escreveu Bayrou no X (ex-Twitter) sobre o que ele chamou de "acordo Von der Leyen-Trump".


As críticas francesas e o silêncio do presidente Emmanuel Macron desde que o acordo foi assinado entre Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, contrastaram com a reação mais benigna de Berlim e Roma.

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Os ministros do governo francês reconheceram que o acordo tinha alguns benefícios —incluindo isenções para setores como o de bebidas alcoólicas e o aeroespacial— mas disseram que ele continuava fundamentalmente desequilibrado.


"Esse estado de coisas não é satisfatório e não pode ser mantido", disse o ministro francês de Assuntos Europeus, Benjamin Haddad, em X, pedindo que a UE ative seu chamado instrumento anti-coerção, que permitiria uma retaliação não tarifária.

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Macron havia dito que a UE deveria responder da mesma forma se os Estados Unidos impusessem tarifas sobre os produtos da UE e aplicassem medidas equivalentes sobre as importações dos EUA para o bloco, em particular sobre serviços, nos quais os EUA têm um superávit com a UE.


Mas a linha mais branda defendida pelo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, e pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, cujos países são mais dependentes do que a França das exportações para os EUA, prevaleceu.

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Meloni saudou o acordo comercial após ele ser revelado. "Uma escalada comercial entre a Europa e os Estados Unidos teria consequências imprevisíveis e potencialmente devastadoras", comentou.

Para o chefe de Governo da Alemanha, Friedrich Merz, o acordo "evita uma escalada inútil" nas tarifas comerciais.

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Nas demais capitais europeias, as reações também não foram unânimes. Nesta segunda-feira (28), o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, expressou seu "apoio" ao acordo comercial, mas disse fazê-lo "sem nenhum entusiasmo".


"Valorizo a atitude construtiva e negociadora que teve a presidente da Comissão Europeia e, em todo caso, apoio este acordo comercial, mas o faço sem nenhum entusiasmo", explicou Sánchez durante coletiva de imprensa em Madri.

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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, afirmou que o acordo alcançado pela UE foi "pior" do que o alcançado pelo Reino Unido.


"Não foi Trump quem fez um acordo com Ursula von der Leyen, mas sim Trump que 'jantou' Ursula von der Leyen", declarou o líder húngaro ultraconservador.

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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, classificou o acordo como um "golpe muito duro" para a indústria europeia.


"Essa abordagem levará a uma maior desindustrialização da Europa, a um fluxo de investimentos da Europa para os Estados Unidos e, claro, será um golpe muito duro", disse ele.


Entre o empresariado europeu, o influente setor automotivo europeu, que enfrenta uma crise e seria severamente atingido por uma guerra comercial, enfatizou que o acordo representa uma desescalada bem-vinda.


A indústria química alemã, por outro lado, lamentou que as tarifas acordadas ainda sejam "muito altas".

Enquanto isso, o principal núcleo empresarial da França observou que o acordo "ilustra a dificuldade que a UE ainda tem em afirmar o poder de sua economia e a importância de seu mercado interno".


Para o analista Alberto Rizzi, do think tank Conselho Europeu de Relações Exteriores, o acordo "parece um pouco com uma rendição".


Em resposta às críticas, o principal negociador da UE, o comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, afirmou nesta segunda que estava "100% certo de que este acordo é melhor do que uma guerra comercial com os Estados Unidos". O mesmo foi dito por Ursula von der Leyen, no domingo.


O acordo define uma taxa de 15% sobre a maioria dos produtos do bloco, mesma taxa do acordo que o presidente Donald Trump fechou com o Japão na semana passada.

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Além dos 15%, segundo o presidente dos EUA, a UE gastará US$ 750 bilhões adicionais em produtos do setor de energia dos EUA, investirá US$ 600 bilhões no país e comprará "uma enorme quantidade" de equipamentos militares americanos.


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