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Nobel de Física premia três por pesquisas sobre elétrons

Ansa Brasil
03 out 2023 às 09:17

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- Ansa
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O franco-americano Pierre Agostini, o austro-húngaro Ferenc Krausz e a franco-sueca Anne L'Huillier foram premiados nesta terça-feira (3) com o Prêmio Nobel de Física em 2023.


Conforme a a Real Academia de Ciências da Suécia, responsável pela seleção dos vencedores, o trio foi premiado por "métodos experimentais que geram pulsos de luz de atossegundos [unidade de tempo que representa um bilionésimo de um bilionésimo de segundo] para o estudo das dinâmicas do elétron [partícula de carga negativa em um átomo] na matéria".

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Segundo a instituição, as pesquisas de Agostini, Krausz e L'Huillier "deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro de átomos e moléculas" e demonstraram "uma forma de criar pulsos de luz extremamente curtos e que podem ser usados para medir os rápidos processos nos quais os elétrons se movem ou mudam a energia".

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Em 1987, L'Huillier, pesquisadora da Universidade de Lund, na Suécia, descobriu que muitos tons diferentes de luz surgiam quando transmitia um laser infravermelho através de um gás nobre. Cada um desses tons dá aos elétrons energia extra, que é emitida como luz, fenômeno que estabeleceu as bases para avanços subsequentes.

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Já em 2001, Agostini, da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, conseguiu produzir e investigar uma série de pulsos luminosos consecutivos, cada um deles com 250 atossegundos. Ao mesmo tempo, Krausz, do Instituto Max Planck de Ótica Quântica e da Universidade Ludwig Maximilians de Munique, na Alemanha, trabalhava em um experimento que permitia isolar um único pulso de luz com 650 atossegundos.


"Agora podemos abrir a porta para o mundo dos elétrons. A física dos atossegundos nos dá a oportunidade de compreender os mecanismos governados pelos elétrons. O próximo passo será utilizá-los", afirmou Eva Olsson, presidente do Comitê do Nobel de Física.


Essas técnicas podem ser usadas potencialmente para controlar como os elétrons funcionam em determinado material ou para identificar diferentes moléculas para tratamentos médicos. Os três laureados dividirão igualmente um prêmio de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 5 milhões. 


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Nobel de Medicina premia estudo sobre vacinas de mRNA de Covid-19
A cientista húngara Katalin Karikó, 68, e o norte-americano Drew Weissman, 64, são os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina de 2023 por pesquisas que lançaram as bases para as vacinas de mRNA (RNA mensageiro) contra a Covid-19.
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