O papa Francisco autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar um decreto que abre caminho para a beatificação de João Paulo I.
De acordo com comunicado divulgado nesta quarta-feira (13), o Vaticano reconheceu um milagre atribuído a Albino Luciani, que comandou a Igreja Católica de 26 de agosto a 28 de setembro de 1978, em um dos pontificados mais breves da história.
O milagre em questão é a cura de uma menina de 11 anos que sofria de uma "encefalopatia inflamatória grave e aguda, de epilepsia refratária e de choque séptico", e teria ocorrido em 23 de julho de 2011, em Buenos Aires, capital da Argentina.
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Segundo a Congregação para as Causas dos Santos, o estado clínico da criança era "muito grave e caracterizado por diversas crises epilépticas diárias e por um quadro séptico de broncopneumonia".
Nascido em Canale d'Agordo, norte da Itália, em 17 de outubro de 1912, Luciani era proveniente de família humilde e se sentou no trono de Pedro por apenas 33 dias.
Seu jeito carismático lhe rendeu o apelido de "papa dos sorrisos", e ele também foi o primeiro pontífice a adotar um nome duplo, em homenagem a seus dois antecessores, João XXIII e Paulo VI, ambos já canonizados.
João Paulo I representava uma figura de renovação na Igreja Católica, mas morreu em 28 de setembro de 1978, vítima de um ataque cardíaco fulminante, aos 65 anos de idade.
Hoje Luciani é considerado um "venerável servo de Deus", ou seja, alguém com processo de canonização aberto e que já teve reconhecidas suas "virtudes heroicas". No entanto, para se tornar beato e depois santo, é necessária a comprovação de pelo menos dois milagres.