O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, considerado culpado pela Justiça por ter mantido relações sexuais com uma prostituta menor de 18 anos em junho, falsificou evidências e corrompeu dezenas de testemunhas numa tentativa de escapar da prisão, informou o tribunal italiano nesta quinta-feira.
Os juízes descobriram "delinquência persistente [...] que consiste na falsificação sistemática de evidências [...] e no pagamento de testemunhas", informou o tribunal em um resumo de sua decisão de condenar o ex-chefe de governo a sete anos de cadeia e impedi-lo de ocupar cargos públicos.
Berlusconi teria planejado a "exibição sexual de jovens mulheres", que viria a ser conhecida como "as tão faladas sessões Bunga Bunga, em que mulheres competiam pelo ex-primeiro-ministro", relatou o tribunal.
Leia mais:
OMS anuncia que mpox ainda figura como emergência em saúde pública global
Curiosos ficam próximos de lava de vulcão na Islândia e polícia é acionada
Funeral de Liam Payne movimentou doações para ajudar crianças com câncer
Equipe de Trump tem primeira baixa e escolhido para Departamento de Justiça renuncia à indicação
O julgamento, que durou dois anos, apresentou uma série de alegações sobre festas na mansão de Berlusconi, com strippers vestidas de freiras e jogos eróticos com garotas de topless.
O ex-primeiro-ministro italiano foi considerado culpado, em junho, pelo pagamento por sexo em diversas ocasiões com a marroquina Karima El-Mahroug, uma dançarina erótica de 17 anos conhecida como "Ruby". Ela teria recebido dinheiro e joias em troca de favores sexuais para Berlusconi. A Justiça ainda afirmou que o ex-primeiro-ministro sabia que "Ruby" era menor de 18 anos. Berlusconi nega as acusações.