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Ameaça global

Europa diz que defenderá fronteiras após ameaça de Donald Trump

Folhapress
08 jan 2025 às 15:21

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Isác Nóbrega/PR
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O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou nesta quarta-feira (8) que a Europa não permitirá "ataques a suas fronteiras soberanas" um dia depois de Donald Trump se recusar a descartar uma ação militar na Groenlândia. Quase na mesma hora, um porta-voz do governo alemão declarou em Berlim que "mover fronteiras pela força" contraria os princípios e regras da política internacional.


O presidente americano, que toma posse para seu segundo mandato no dia 20, havia dito que o território autônomo, há 600 anos parte da Dinamarca, é vital para a segurança dos EUA, assim como o Canal do Panamá. "Não, não posso garantir [que não usaria coerção militar ou econômica]... Mas posso dizer o seguinte: precisamos deles para a segurança econômica."

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No mesmo dia, seu filho, Donald Trump Jr., fazia uma "visita privada" à ilha. A retórica da "Rambopolitik", como descreveu uma jornalista alemã, inclui também o Canadá e parte da constatação dos estrategistas de Trump de que essas áreas, sujeitas à crise climática, ganharam ainda mais peso na geopolítica dos EUA. A seca prejudica a passagem de navios de grande calado no Panamá, e o derretimento do gelo no Ártico propicia novas rotas e explorações comerciais e militares.


A movimentação carrega uma dose de ironia, já que Trump posa como negacionista do aquecimento global e promete reverter boa parte das políticas ambientais e de transição energética da administração Joe Biden.

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"Obviamente, não há dúvida de que a UE não permitirá que outras nações do mundo, sejam elas quais forem, a começar pela Rússia, ataquem suas fronteiras soberanas", disse Barrot à Rádio France, quando perguntado sobre o assunto. "Somos um continente forte, precisamos nos fortalecer ainda mais."


A maior ilha do mundo, na verdade, não faz parte da União Europeia, mas é território dinamarquês, com presença militar americana desde o fim da Segunda Guerra. Leis ambientais impedem a exploração de petróleo e de certos tipos de minérios, mas seu subsolo é rico em materiais de importância estratégica, como "terras raras" e lítio. Esse seria um dos fatores a impulsionar a investida atual de Trump - em 2019, em seu primeiro mandato, ele já havia sugerido comprar o território.

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O interesse americano também alimenta o movimento separatista na ilha, que ganhou autonomia em 2009, mas depende em quase tudo de Copenhague. A economia gira em torno da pesca, insuficiente para manter a população, de 57 mil pessoas. A Dinamarca, apesar da importância estratégica do território, gasta anualmente menos de US$ 1 bilhão com a região, cerca de metade do orçamento público local.


A premiê dinamarquesa, Mette Frederiksen, que há cinco anos chamou de "absurda" a oferta de compra de Trump, desta vez foi mais diplomática. "Precisamos de cooperação muito próxima com os americanos", disse, ponderando que a ilha pertence a seus próprios habitantes. "Só a Groenlândia pode determinar o futuro da Groenlândia."

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Nesta quarta-feira (8), Múte Egede, primeiro-ministro do território, se encontraria com o rei Frederik, que recentemente alterou o brasão da família real dinamarquesa para contemplar a Groenlândia e as Ilhas Färoe. O novo design surgiu no mesmo momento em que a retórica sobre a ilha foi retomada por Trump.


A propalada anexação da Groenlândia aumenta a lista de pendências da UE gerada pela volta do empresário à Casa Branca. Também na terça-feira (7), Trump instou os países europeus a aumentar seu orçamento militar, para 5% do PIB, como condicionante para sua permanência na Otan, a aliança militar ocidental. O presidente americano também prometeu aumentar tarifas de importação de diversos produtos, o que afeta particularmente a Alemanha.

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Na noite de terça (7), Trump voltou a insinuar que o Canadá deveria ser anexado ao território americano. Na Truth Social, rede social que ele mesmo criou, o republicano publicou um par de mapas em que os dois países norte-americanos são retratados como um só. Um deles mostra o território das duas nações coberto por uma bandeira americana. "Ó, Canadá", diz a postagem.


O outro é uma representação cartográfica mais tradicional dos territórios dos EUA e Canadá. Nela, porém, as fronteiras canadenses estão apagadas, como se o país tivesse se tornado o 51º estado americano.

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Trump já sugeriu anexar o Canadá algumas vezes desde que foi eleito para o seu segundo mandato, geralmente de forma provocativa, por exemplo chamando o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, de governador. A mais recente foi na segunda-feira (6), quando o premiê anunciou sua saída do cargo.


"Se o Canadá se fundisse com os Estados Unidos, não haveria tarifas, os impostos diminuiriam e eles teriam total segurança contra as ameaças dos navios russos e chineses que os cercam constantemente", disse Trump na ocasião. "Que grande nação seríamos juntos."

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