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Estado Islâmico reivindica ataque em trem; autoridades alemãs não confirmam

19 jul 2016 às 13:03

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou hoje (19) o ataque, com faca e machado, provocado por um jovem afegão de 17 anos em um trem em Wurzburg. O atentado ocorreu ontem (18) e deixou quatro pessoas feridas.

"O autor do esfaqueamento na Alemanha é um combatente do Estado Islâmico e realizou esta operação em resposta aos apelos para atingir a coalizão que combate o Estado Islâmico", escreveu a agência dos jihadistas, a Amaq, citando "fontes de sua segurança". A fala é praticamente a mesma da reivindicação de outro ataque, ocorrido em Nice, na França, no dia 14.


Autoridades do governo alemão confirmaram que foi encontrada uma bandeira do Estado Islâmico no apartamento onde o jovem vivia na Baviera. Porém, ressaltaram que "ainda é cedo" afirmar que o grupo terrorista está por trás do ataque.


"Nós soubemos da reivindicação do EI, mas preciso dizer que as investigações ainda estão em curso e, até agora, não emergiram indícios sobre uma ligação do jovem de 17 anos com a rede do EI", disse o ministro do Interior, Joachim Herrmann, em entrevista à mídia do país. Ele ainda acrescentou que pessoas próximas ao rapaz informaram que ele era "calmo, raramente ia à mesquita, e não era um radical aparente".


Segundo o titular da pasta, diversas testemunhas afirmaram que o rapaz gritou a frase Allahu Akbar (Deus é grande, em tradução livre) antes de começar a atingir as pessoas com um machado. Herrmann deu mais detalhes sobre as buscas no apartamento do jovem.


O ministro contou que um documento escrito em pashto, uma das línguas usadas no Afeganistão, encontrado no quarto do jovem indicava que ele se "auto-radicalizou". Ele ainda acrescentou que as informações de que o rapaz tenha chegado ao país como refugiado não procedem e que não há indícios de como ele chegou à Alemanha.

Um bilhete de despedida também teria sido encontrado no apartamento e teria sido escrito como um "adeus ao seu pai" e um encorajamento para que os muçulmanos defendam sua religião.


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