Mundo

Cubanos vão às urnas e aprovam legalização do casamento gay

26 set 2022 às 16:00

Com quase 67% dos votos a favor, Cuba aprovou uma reforma no Código de Família que legaliza o casamento homossexual e a adoção de crianças por casais homoafetivos, além de estabelecer medidas para proteger mulheres em casos de violência de gênero e barriga de aluguel.


A presidente do CEN (Conselho Nacional Eleitoral), Alina Balseiro, afirmou que a contagem ainda não foi concluída em algumas escolas de três províncias, mas os resultados já foram definidos como "válidos e irreversíveis".


Por volta de 24 mil colégios eleitorais ficaram abertos ao longo do domingo (25) e pouco mais de oito milhões de cubanos foram convocados para irem às urnas, mas cerca de 6,2 milhões participaram da votação, o equivalente a 74,01%.


O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e sua esposa, Lis Cuesta, votaram 50 minutos depois da abertura dos centros de votação em um colégio em Havana. 


O processo foi encerrado às 19h (local), mas o Conselho Eleitoral prolongou por mais uma hora a abertura em oito províncias pelas dificuldades causadas pelas chuvas provocadas pelo furacão Ian.


O país tentou introduzir o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Constituição de 2019, mas o governo recuou diante das críticas das Igrejas Católica e Evangélica. O matrimônio homossexual é permitido em várias nações da América Latina, como Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica e Uruguai.


Com a vitória do "sim" no referendo, o novo Código de Família cubano foi aprovado e substituirá o anterior de 1975. O novo texto introduz o casamento entre pessoas do mesmo sexo e adoções para casais homoafetivos. 


Além disso, ele regulamenta a barriga de aluguel e traz novidades no combate à violência de gênero, juntamente com a proibição do casamento infantil.


Presidente de Cuba comemora resultado


O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, celebrou nesta segunda-feira (26) o resultado do referendo que legalizou o casamento homossexual e adoção de crianças por casais homoafetivos.


 "O 'sim' ganhou, a justiça foi feita. Aprovar a reforma do Código da Família é fazer justiça e pagar uma dívida com várias gerações de cubanos e cubanas, cujos projetos familiares esperam há anos por esta lei. A partir de hoje, seremos uma nação melhor", escreveu o mandatário em suas redes sociais.

Continue lendo