Começou nesta segunda-feira (5) a construção do maior radiotelescópio do mundo, o SKA (Observatório Square Kilometer Array), na Austrália e na África do Sul, com a Itália como protagonista.
A primeira fase da construção tem um custo estimado de 1,3 bilhões de euros, sendo que a Itália conquistou quatro grandes contratos no total de 300 milhões de euros, sendo 450 milhões de euros atribuídos a 50 contratos desde julho de 2021 até hoje.
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Os quatro contratos cedidos à Itália e anunciados hoje dizem respeito à construção de infraestruturas na Austrália e África do Sul e à produção de antenas de média e baixa frequência.
O maior radiotelescópio do mundo se estenderá de fato com uma rede de antenas parabólicas pelos dois continentes, funcionando como um instrumento de escuta do universo.
Nos próximos 50 anos, espera-se que astrônomos e astrofísicos de todo o mundo tenham acesso ao Observatório SKA para responder a perguntas cruciais sobre as primeiras décadas de vida do universo e estudar alguns dos objetos mais misteriosos da astrofísica, como buracos negros, o nascimento e evolução das galáxias, a natureza da energia escura que compõe mais de 70% do universo.
O SKA também permitirá testar ainda mais a teoria da relatividade e, finalmente, ouvir quaisquer sinais de inteligências alienígenas com o instrumento mais poderoso capaz de fazê-lo.
As cerimônias de abertura foram realizadas quase que em simultâneo nos dois continentes e as infraestruturas e antenas do radiotelescópio vão ser construídas em várias fases, entre a Austrália e a África do Sul.
A primeira fase das obras deverá estar concluída em 2028. O objetivo final do projeto, cuja concepção começou há 30 anos, é ter milhares de pratos na África do Sul e nos países africanos parceiros do projeto, e um milhão antenas na Austrália.