Viajar pelo mundo e observar as cidades e as paisagens da janela a bordo de um trem é uma alternativa para incrementar ainda mais a própria viagem. E são vários os percursos, em todos os continentes, que permitem ao turista apreciar o destino escolhido sem sair de um vagão.
Ao redor do mundo é possível encontrar linhas férreas para todos os gostos, das altamente tecnológicas até as mais históricas, que faz o turista voltar no tempo. O Pacific Surfliner, da Amtrak, é uma das principais linhas.
Localizada nos Estados Unidos, o trem liga San Diego a San Luis Obispo, no sul da Califórnia, e para em 27 estações ao longo da sua rota. Entre as cidades atravessadas pelo trem estão Grover Beach, Santa Barbarada, Los Angeles, Santa Ana e Sorrento Beach.
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O comboio, que percorre a costa, oferece paisagens inesquecíveis e percorre 365 quilômetros em cinco horas e 45 minutos. O trem opera diariamente e o nome é uma homenagem ao surfe.
Já no Canadá, o Rupert Rocket é o trem da Via Rail que viaja de Jasper até Prince Rupert. Os trens são dos anos 1950 e percorre pouco mais de 1,1 mil quilômetros.
A linha conecta as paisagens de Alberta à costa leste do país, passando por montanhas, pontes e túneis. Os trens também param em pequenas estações de madeira para permitir que turistas tirem fotos.
Na Europa, a Itália possui a linha férrea Sulmona-Isernia. Conhecida como ferrovia transiberiana italiana, o trem oferece uma viagem entre as montanhas e os estreitos desfiladeiros nas reservas naturais das regiões de Abruzzo e Molise.
O trem viaja por duas horas e meia em uma pista que passa diversas pequenas cidades nas montanhas que guardam tradições, arte e histórias milenares.
A linha férrea que liga Oslo a Bergen, na Noruega, também é muito popular entre os turistas. O trem percorre 490 quilômetros e oferece paisagens incríveis, como desfiladeiros, cachoeiras, pontes sobre rios, florestas e o imenso planalto de Hardangervidda, que fica coberto de neve durante a maior parte do ano.
A construção da linha começou em 1875 e terminou em 1909. Atualmente, o trem faz o trajeto quatro vezes por dia, parando em 22 estações.
Em solo sérvio, há uma ferrovia que liga a vila de Mokra Gora a Sargan Vitasi, em um trajeto que possui 13,5 quilômetros. O trem a vapor se chama de Nostalgija e antigamente a linha ligava Belgrado a Sarajevo através de túneis e pequenas cidades.
Os vagões possuem estilo retrô e reproduzem aqueles que uniam as duas principais cidades da Sérvia nos primeiros anos do século. Todo o percurso, construído na forma de oito, é realizado em duas horas.
No continente asiático, a Índia possui uma linha férrea que passa pela montanha Nilgiri. O trajeto completo dura quatro horas e meia e percorre 46 quilômetros, indo da cidade de Mettupalayam até Ooty.
A jornada atravessa as montanhas e as terras férteis de Tamil Nadu, onde os colonos britânicos se refugiaram do calor tropical do país. O trem a vapor atravessa pontes muito altas, mas com vistas deslumbrantes.
Graças aos filmes de Bollywood, essas montanhas estão de volta à moda e muitos viajantes usam o trem para chegar até Ooty.
No Vietnã, uma ferrovia atravessa o país de norte a sul, conectando as cidades de Ho Chi Mihn e Hanói. O trem viaja por mais de 1,7 mil quilômetros e atravessa quase 200 locais, como Nha Tang, conhecida por suas belas praias, e Hue, rica em palácios e santuários.
A viagem é longa, mas a linha corre perto da costa vietnamita, proporcionando paisagens incríveis.
Por fim, na Oceania,o TranzAlpine é um trem que parte de Christchurch e após quatro horas e meia chega a Greymouth, na Nova Zelândia.
Esta jornada de 223 quilômetros é considerada uma das rotas mais bonitas e panorâmicas do mundo. O trajeto abrange desde as planícies de Canterbury até as montanhas cobertas de neve da região.
O trem passa por paisagens alpinas, lagos, rios e florestas, que podem ser admiradas pelas janelas e pelos tetos de vidro dos vagões.