Membros do grupo islâmico radical Boko Haram raptaram 40 jovens de uma aldeia em Malari, no estado de Borno, no Nordeste da Nigéria. Embora o rapto tenha ocorrido na véspera do Ano-Novo, a notícia só hoje (2) se tornou pública, depois que um grupo de aldeãos em fuga chegou à capital do estado, Maiduguri, pedindo ajuda.
Segundo os aldeãos, que testemunharam o ataque, dezenas de militantes armados do Boko Haram levaram crianças e jovens do sexo masculino, com idade entre 10 e 23 anos, em direção à floresta de Sambisa. O temor é que o grupo extremista tenha levado os jovens a fim de utilizá-los como soldados.
"Eles chegaram armados, [a bordo de] picapes e reuniram todos os homens da aldeia ao redor da casa do chefe local, onde pregaram para nós, antes de separarem 40 dos nossos meninos e os levarem", disse Muhammad Bulama. Dois filhos e três sobrinhos dele estão entre os jovens sequestrados.
Leia mais:
Trump anuncia Tom Homan como 'czar da fronteira'
'Trump trade' favorece investimento em renda fixa nos EUA, dizem analistas; veja como aplicar dinheiro
Bolsonarismo encara reveses, mas segue forte com votação expressiva e empurrão de Trump
Veja dez impactos esperados na economia após a eleição de Trump nos EUA
A aldeia de Malari fica a cerca de 20 quilômetros da floresta Sambisa, onde acredita-se estar localizada uma das principais bases do grupo extremista. A aldeia também está próxima à cidade de Gwoza, que o Boko Haram ocupou em junho passado.
O Boko Haram ainda mantém em cativeiro mais de 200 alunas raptadas de uma escola em Chibok, no estado de Borno, em abril passado. Estimativas extraoficiais apontam que mais de 13 mil pessoas já perderam a vida devido à ação do Boko Haram. Outras centenas de pessoas foram sequestradas.