A Arábia Saudita suspendeu hoje (27) temporariamente a entrada de peregrinos que visitam a mesquita do profeta Maomé e os lugares sagrados do Islã em Meca e Medina, bem como turistas de países afetados pelo novo coronavírus (covid-19).
O Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita publicou uma lista de medidas para "prevenir e eliminar" a expansão do novo coronavírus, que inclui a "suspensão temporária da entrada no reino para os propósitos da `umra`", uma peregrinação a Meca que pode ser realizada em qualquer época do ano.
O ministério também informou que a entrada no reino com visto de turista está impedida a pessoas de países afetados pelo novo coronavírus.
Leia mais:
Dólar tem forte alta e Bolsa despenca após vitória de Trump nas eleições dos EUA
Trump ganhou, e agora? Veja os próximos passos até republicano assumir a Presidência dos EUA
Com apenas um fornecedor, vacina da dengue será desafio para o mundo, diz aliança internacional
O que esperar de Kamala Harris como presidente dos EUA em diferentes áreas
No fim do ano passado, o país árabe introduziu novos vistos no quadro do despertar turístico do reino, ultraconservador, uma medida que facilitava a entrada no território após décadas de isolamento.
A Arábia Saudita abriga os lugares mais sagrados do Islã, como a cidade de Meca.
A suspensão foi anunciada quando faltam alguns meses para o "hach", a grande peregrinação anual e um dos cinco pilares do Islã.
Até o momento, a Arábia Saudita não registrou casos de coronavírus no território, embora alguns dos seus cidadãos residentes em outros países tenham testado positivo desde o início do surto, que já afetou a maioria dos países do Oriente Médio.
Nesta semana, o Covid-19 expandiu-se por toda a região e causou uma onda de suspensões de rotas aéreas e marítimas, especialmente entre os demais países árabes e o Irã, mas também começou a afetar ligações com a Itália, Coreia do Sul e Tailândia.
A China espera ter o surto do cornavírus sob controle no fim de abril, disse o chefe da equipa de médicos especialistas da Comissão de Saúde da China, o pneumologista Zhong Nanshan.
"A China está confiante de que vai controlar o surto, em termos gerais, até o fim de abril", disse Zhong, em entrevista em Cantão, a capital da província de Guangdong (sul).
O balanço provisório da epidemia do novo coronavírus é de 2.800 mortos e mais de 82 mil pessoas infectadas, de acordo com dados de 48 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 33 mil se recuperaram.
Além de 2.744 mortos na China continental, onde o surto começou no fim do ano passado, há registro de mortes no Irã, na Coreia do Sul, Itália, no Japão, nas Filipinas, na França, em Hong Kong e Taiwan.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou o surto do Covid-19 emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após aumento repentino de casos na Itália, Coreia do Sul e no Irã nos últimos dias.