O presidente Joe Biden defendeu que é necessário baixar a temperatura da política americana em um pronunciamento à nação feito do Salão Oval neste domingo (14).
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O democrata afirmou que o ataque contra o adversário Donald Trump no sábado "fez todos darem um passo para trás, reavaliar onde estamos, e como seguimos a partir daqui".
O presidente listou uma série de outros eventos violentos recentes, da invasão ao Capitólio em 2021 ao ataque ao marido da ex-presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi. "Não podemos normalizar essa violência", disse.
Reconhecendo a profunda polarização da sociedade americana, Biden disse que há muito em jogo e que continua acreditando que o resultado da eleição presidencial, em novembro, vai moldar o futuro do país.
"Eu vou continuar defendendo a democracia, a Constituição, o Estado de Direito", disse.
A fala é uma resposta telegrafada a republicanos, que vêm culpando o presidente pelo ataque a Trump na véspera. Nomes como o senador J.D. Vance e o líder da maioria republicana na Câmara, Steve Scalise, atribuíram a violência ao discurso de campanha democrata de que o empresário é uma ameaça à democracia.
"Republicanos com certeza vão criticar o meu desempenho", disse Biden, em referência à convenção do partido, que começa nesta segunda e vai oficializar Trump como o candidato do partido. O presidente disse que esse tipo de divergência é normal em uma democracia.
"Nós debatemos e discordamos, comparamos e contrastamos candidatos. Mas na América, nós resolvemos nossas diferenças nas urnas, não com balas", defendeu.
Ele repetiu seu pedido de união nacional, assim como feito por Trump.
O discurso durou cerca de seis minutos, e é a terceira vez que o presidente se pronuncia sobre o incidente. É a primeira, no entanto, do Salão Oval, reservado para os discursos mais importantes da liderança americana.