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Inelegibilidade

Mudança para beneficiar Bolsonaro enfraquece Lei da Ficha Limpa

José Marcos Lopes - Especial para a Folha
24 fev 2025 às 09:30

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Câmara dos Deputados deverá analisar nos próximos meses um projeto que altera a chamada Lei da Ficha Limpa, que impede a disputa de candidatos condenados ou com problemas administrativos. A proposta do deputado bolsonarista Bibo Nunes (PL-RS) reduz o período de inelegibilidade de oito para dois anos – o que poderia liberar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para concorrer novamente em 2026. 


Na terça-feira (18), Bolsonaro e outras 33 pessoas foram denunciadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. 

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Nunes nega que o objetivo do seu projeto de lei complementar seja beneficiar Bolsonaro e diz que a nova regra seria boa “para a direita e para a esquerda”, mas o próprio ex-presidente já declarou seu apoio à mudança. 

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"Para que serve a Lei da Ficha Limpa hoje em dia?”, questionou ele em um vídeo, citando os casos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff. “A Lei da Ficha Limpa hoje em dia serve para apenas uma coisa, para que se persiga os políticos de direita”, afirmou.

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Para especialistas em Direito Eleitoral ouvidos pela FOLHA, reduzir o período de inelegibilidade para dois anos equivaleria a esvaziar a lei, já que político declarado inelegível ficaria livre para concorrer ao mesmo cargo quatro anos depois. 


“Ela precisa de adequações? Parece que sim, mas toda uma reforma eleitoral precisa ser feita. O problema é que tem eleição nos anos pares e fazem adequações a cada ano ímpar”, critica o advogado eleitoral Nilson Paulo da Silva. 

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“Às vezes, são reformas casuísticas, mas acho que esses dois anos de inelegibilidade são só uma provocação, na hora vão ampliar. Porque com dois anos não se aplica nada, talvez, a lei vá perdendo seu potencial.”


Também especialista em Direito Eleitoral, a advogada Emma Roberta Palú Bueno concorda que a mudança poderá esvaziar a lei. “Sem dúvida a redução do prazo é um retrocesso e esvazia completamente o propósito da lei. Acredito que o que o que temos não é o ideal, mas reduzir para dois anos é, em grande parte dos casos, esvaziar a razão de ser.”


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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Mudança para beneficiar Bolsonaro enfraquece Ficha Limpa
Proposta de deputado bolsonarista reduz período de inelegibilidade de oito para dois anos, o que liberaria ex-presidente para o pleito de 2026
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