A PRF (Polícia Rodoviária Federal) divulgou o balanço de ocorrências nas rodovias federais em 2024 e revelou que 605 pessoas morreram em acidentes.
O número subiu 8,2% em relação aos 559 óbitos confirmados em 2023. Mais uma vez, segundo a PRF, as colisões frontais são os sinistros que mais causam mortes no Paraná.
O que chama a atenção é que apenas 6,3% das ocorrências atendidas pela corporação foram desta natureza. Mesmo assim, 181 mortes foram registradas no ano passado por acidentes de carros que colidiram frontalmente, o que representa 30% dos números totais.
A situação dos atropelamentos é semelhante. Foram confirmadas 97 mortes em 2024, ou 16% do total de óbitos, porém, a PRF atendeu somente 4,3% sinistros desta maneira.
Outro dado central apresentado pela corporação foi sobre a letalidade dos atropelamentos. Um terço das vítimas desse tipo de acidente vai a óbito. O perigo aumenta ainda mais no período noturno, já que oito em cada dez pessoas atropeladas morreram em horários de baixa visibilidade natural.
“Isso ocorre em ultrapassagens mal sucedidas e pelo excesso de velocidade. Nos atropelamentos também, muitas vezes o excesso de velocidade, combinado com a desatenção e a imprudência do pedestre. O comportamento humano está ligado à maioria das ocorrências fatais. A maioria dos óbitos poderia ter sido evitada, isso é incontestável”, afirmou Fernando César Oliveira, superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Paraná.
As três principais causas de acidentes registradas pela PRF no Paraná são ligadas à velocidade, sendo elas a ausência de reação do condutor, a reação ineficiente ou o próprio excesso de velocidade. Foram 2.576 sinistros registrados que tiveram ao menos uma das três causas, representando 39,1% do total.
“É reação tardia, falta de atenção, velocidade incompatível, embriaguez ao volante, essas estão entre as principais causas atendidas pela Polícia Rodoviária Federal no Paraná em 2024. A PRF vê com preocupação essa tendência de alta no índice de violência no trânsito nas rodovias federais do Paraná, mas isso não depende somente da polícia. Além da fiscalização, necessita do aperfeiçoamento, da legislação, e educação para o trânsito, conscientização. Existem trechos críticos nas rodovias, mas se a conduta do motorista for inadequada, todo trecho se torna crítico”, seguiu Oliveira.
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